Geplat de Mexilhão corta lanche para não "atrasar" parada de produção

A política de "otimização de custos" da Petrobrás, aplicada por meio do Procop, parece ter subido à cabeça dos gerentes da companhia. Na plataforma de Mexilhão, o Geplat da unidade cortou de maneira unilateral, nesta quinta-feira (02/05), o já tradicional lanche da manhã e da tarde servido para os petroleiros embarcados.

Com a justificativa absurda de que o lanche estaria "atrasando e atrapalhando demais o serviço", este senhor resolveu excluir esta alimentação justamente no período em que o desgaste e o cansaço físico dos trabalhadores é ainda maior.

A parada de produção está sendo realizada desde 29 de abril e deve ser concluída num prazo de dez dias - a partir da data de início do serviço. Com essa decisão, os trabalhadores têm direito apenas a duas refeições. O almoço, servido às 11h, e o jantar, servido às 19h. Ou seja, neste meio tempo, mais de sete horas de intervalo, os petroleiros são obrigados a trabalhar sem parar, a todo vapor, para que os prazos e metas estabelecidos pela gerência sejam cumpridos ou até mesmo adiantados com rigor.

Evidentemente, mais uma vez fica comprovado que a política da Petrobrás não é de preservação da saúde ou da segurança dos trabalhadores. Em nome do lucro, da produção e da competitividade, a companhia não hesita em extenuar os empregados com jornadas exaustivas, descumprimento de normas e legislações. E como sempre, quem paga o pato é o trabalhador.

O Sindipetro-LP exige da companhia uma resposta imediata sobre este fato. E esta resposta é uma só: o restabelecimento do lanche aos trabalhadores.