Paralisação em São Sebastião dá resultado imediato

O Terminal Almirante Barroso, TEBAR, em São Sebastião recebe mais da metade do petróleo que é consumido em todo o país, abastece quatro refinarias e exporta grandes quantidades de derivados. Este é, portanto, o maior Terminal da Petrobrás Transporte. Seus trabalhadores tem uma grande responsabilidade e um papel fundamental na sociedade brasileira. No entanto, não são respeitados como tal.No laboratório do Terminal, onde são manipulados materiais de alta toxidade e cancerígenos, as capelas não garantem as condições  mínimas de segurança, expondo os obreiros, entre outros, ao benzeno. Diante dos reclamos da CIPA e do Sindipetro-LP, a empresa repetia, tal como disco arranhado, que as capelas se encontram `em processo de adequação´.Farto de tanta enrolação, o Sindicato requereu à Subdelegacia do Trabalho de Santos, em 10 de dezembro de 2009, a interdição das capelas devido ao risco grave e iminente aos trabalhadores expostos à agentes leucopenizantes e cancerígenos, que somados ocasionam lesões irreversíveis aos que ali trabalham.Na ultima sexta-feira, 19 de fevereiro, cinco diretores do Sindipetro-LP de São Sebastião e oito de Santos realizaram uma paralisação em frente ao Terminal de São Sebastião. Durante cerca de uma hora, mais de 150 trabalhadores do Sistema Petrobrás protestaram contra a insegurança e o desrespeito pelos trabalhadores no TEBAR.Em resposta a manifestação, a Transpetro marcou uma reunião com o Sindicato na cidade de São Sebastião para discutir as exigências. Foi definido que as análises de produtos como gasolina e nafta serão realizadas em outras unidades enquanto as capelas se encontrarem `em processo de adequação´. Já o petróleo está sendo analisado na duas capelas prontas no TERBAR.Sindipetro em CaraguatatubaNo mesmo dia, o Sindicato fez uma visita à Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA). Além de ouvir as demandas e reivindicações dos petroleiros que estavam em atividade, os diretores constataram que não há refeitório da própria companhia, obrigando os petroleiros à pagarem uma determinada quantia para o refeitório da empreiteira ou a saírem da área para almoçar, o que contraria as Normas Regulatórias (NR).Alem disso, contrariando um comportamento comum em todas as unidades da Petrobrás, a UTGCA está controlando a quantidade de comida oferecida aos terceirizados, discriminando-os.Cobramos da UN-BS explicações sobre esta atitude miserável e discriminatória. Não admitimos que a empresa negue um direito básico do trabalhador, que é o acesso à alimentação de qualidade.[gallery link="file" columns="2" orderby="rand"]