Terminal Alemoa é alvo de tentativa de roubo a caixa eletrônico

Na madrugada do última dia 12 de fevereiro, quarta-feira, o terminal Alemoa foi alvo de uma tentativa de assalto. Na verdade, o alvo do grupo era o caixa eletrônico localizado no interior da unidade. A equipe de segurança da unidade, ao perceber a movimentação, reagiu imediatamente e o que se viu logo após foi uma perigosa troca de tiros. Por sorte e, principalmente, competência dos inspetores terceirizados do terminal, nenhum incidente mais grave foi registrado. Os bandidos fugiram do local e nenhum trabalhador sofreu qualquer ferimento.

Até quando? Apesar do desfecho ter sido um alívio para todos que estavam no local durante a tentativa de roubo, não podemos naturalizar esse tipo de ocorrência e torcer para a sorte ou competência dos inspetores de segurança do terminal. Ao que tudo indica, os ladrões entraram pelos fundos da unidade, cortando o arame farpado do muro e pulando para a área interna do terminal. Um absurdo. Seja no terminal Alemoa, seja no Terminal Pilões (cuja insegurança é crônica e alarmante), por diversas vezes já cobramos do RH Local e do RH Corporativo medidas eficientes e imediatas para diminuir a vulnerabilidade do terminal. A exposição é grande e os equipamentos e infraestrutura de segurança que ali existem são insuficientes para garantir um local de trabalho seguro aos empregados.

Para além disso, nos preocupa a enorme desvalorização da empresa pelos profissionais de segurança próprios. No terminal Pilões, após as 126h30 (fim do expediente administrativo), não existe nenhum inspetor primeirizado. No Terminal Alemoa, durante a ocorrência de 12 de fevereiro, por exemplo, existia apenas um inspetor de segurança próprio. Com um detalhe: sem roupa adequada, sem arma e munição, sem colete. Sem nada!

A companhia, em sua defesa, argumenta que o papel desse trabalhador isolado, sem qualquer material adequado, é "apenas" coordenar os demais trabalhadores - todos terceirizados. Esses trabalhadores já demonstraram sua competência, mas não podemos deixar de citar as condições precárias de trabalho a que são submetidos. As empresas contratadas, volta e meia, atrasam os salários e oferecem materiais inadequados, assim como são especialistas em assédio moral. Em uma profissão de risco como esta é evidente que esses trabalhadores não recebem o apoio e valorização necessárias.

O Sindipetro-LP, assim que soube da ocorrência, cobrou do RH Corporativo uma resposta para este incidente que poderia ter consequências trágicas. O histórico de insegurança naquela região é longo. Só não vê quem não quer. E, diante disso, fica a pergunta: Direção da Transpetro, o que mais está esperando?