Legalização da FNP começa a ser discutida no Rio

Com o objetivo de consolidar a construção de uma entidade independente, os seis sindicatos que formam a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) iniciaram na manhã desta terça-feira, dia 23 de março, na sede do Sindipetro-RJ, na capital carioca, as discussões que estão servindo de pontapé inicial para a legalização e registro da entidade.

Durante todo dia, foram discutidos assuntos relacionados às demandas de temas importantes como AMS e SMS e, principalmente, sobre a concretização da frente como entidade que seja o reflexo das lutas da classe petroleira.

Desde que a fup passou a cultivar uma convivência extremamente amigável com a Petrobrás em troca de favorecimentos, a necessidade de se criar uma federação que não atue como correias de transmissão dos interesses da empresa se tornou urgente.

Por isso, uma das primeiras ações do encontro relacionadas à construção da FNP está sendo a elaboração de um estatuto provisório da entidade, que posteriormente ainda será discutido em Congresso (com data e local ainda a serem definidos) e nas assembléias dos sindicatos filiados.

Muitos itens ainda estão sendo discutidos, mas em contrapartida o consenso é de que fique explicito no estatuto que a FNP se apresenta não apenas como oposição à fup, que vem realizando verdadeiros estragos desde a campanha pela repactuação, mas como a interlocutora e defensora dos interesses de toda categoria.

Além de encampar um sindicalismo combativo, resgatando lutas históricas e conquistando direitos através da unidade, o objetivo é inverter a lógica exploratória imposta pela Petrobrás e referendada pela fup. Atualmente, a cartilha da empresa tem sido beneficiar os acionistas em detrimento dos trabalhadores, os maiores prejudicados pelas metas cada vez mais desumanas de produção ao menor custo possível.

Nos próximos três dias da semana, muitos assuntos ainda serão discutidos. Nesta quarta (dia 24 de março), por exemplo, seguirão os debates em torno da construção do estatuto provisório da entidade. Além disso, os dirigentes da FNP irão se reunir com a gerência da empresa para cobrar soluções para demandas ainda não solucionadas e novas denúncias feitas pelas bases.

Atualmente, a frente é formada pelos sindipetros do Litoral Paulista, Rio de Janeiro, Sergipe/Alagoas, São José dos Campos, Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá e Rio Grande do Sul.

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