Subsidiárias da Petrobrás reconhecem 280 milhões de reais em perdas com corrupção

Transpetro e BR Distribuidora divulgaram as baixas contábeis em casos investigados na Lava Jato em seus balanços referentes a 2014
As duas principais subsidiárias da Petrobras, a Transpetro e a BR Distribuidora, admitiram em seus balanços relativos a 2014 perdas da ordem de 279,6 milhões de reais com corrupção, informa reportagem da edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. Com esse montante, o valor total desviado pelo esquema conhecimento como petrolão chega a quase 6,5 bilhões de reais - em abril, a estatal reportou baixas na ordem 6,2 bilhões de reais em casos invetigados na Operação Lava Jato.
Segundo os demonstrativos, as principais perdas foram observadas no terceiro trimestre do ano passado. A conta foi feita seguindo o mesmo método adotado pela estatal: sem ter como determinar quanto, de fato, houve de desvio, a companhia considerou o superfaturamento de 3% em todos os contratos firmados com 27 empresas investigadas na Lava Jato entre 2004 e 2012. As subsidiárias fizeram o mesmo.
A Transpetro administra navios e oleodutos, enquanto que a BR Distribuidora, postos de combustível. Apesar de não serem empresas de capital aberto, elas divulgam ao público suas demonstrações contábeis.
O valor de todos os contratos firmados entre a Transpetro e empresas alvos da Lava Jato chega a 8,8 bilhões de reais, dos quais 256,6 milhões de reais foram considerados desviados. Do total, 218,8 milhões de reais (85%) são da área de transporte marítimo; e o restante, de obras de terminais e oleodutos. Indicado ao cargo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o então presidente da subsidiária, Sérgio Machado, foi exonerado do cargo em fevereiro desde ano. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa relatou à força tarefa da Polícia Federal que Machado havia recebido 500.000 reais de propina - ele nega.
Já a BR Distribuidora, que mantém cerca de 7000 postos de combustíveis em todo o país, reportou baixas de 23 milhões de reais relativas a contratos que somam 793 milhões de reais.
A Transpetro e a BR Distribuidora explicaram que nenhum pagamento indevido foi feito pelas empresas, mas sim por um cartel, com a conivência de funcionários da Petrobras. As outras três subsidiárias da estatal - Petrobras Biocombustível, Gaspetro e Liquigás -, reportaram em seus balanço não terem verificado perdas com corrupção.

As duas principais subsidiárias da Petrobrás, a Transpetro e a BR Distribuidora, admitiram em seus balanços relativos a 2014 perdas da ordem de 279,6 milhões de reais com corrupção, informa reportagem da edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. Com esse montante, o valor total desviado pelo esquema conhecimento como petrolão chega a quase 6,5 bilhões de reais - em abril, a estatal reportou baixas na ordem 6,2 bilhões de reais em casos investigados na Operação Lava Jato.

Segundo os demonstrativos, as principais perdas foram observadas no terceiro trimestre do ano passado. A conta foi feita seguindo o mesmo método adotado pela estatal: sem ter como determinar quanto, de fato, houve de desvio, a companhia considerou o superfaturamento de 3% em todos os contratos firmados com 27 empresas investigadas na Lava Jato entre 2004 e 2012. As subsidiárias fizeram o mesmo.

A Transpetro administra navios e oleodutos, enquanto que a BR Distribuidora, postos de combustível. Apesar de não serem empresas de capital aberto, elas divulgam ao público suas demonstrações contábeis.

O valor de todos os contratos firmados entre a Transpetro e empresas alvos da Lava Jato chega a 8,8 bilhões de reais, dos quais 256,6 milhões de reais foram considerados desviados. Do total, 218,8 milhões de reais (85%) são da área de transporte marítimo; e o restante, de obras de terminais e oleodutos. Indicado ao cargo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o então presidente da subsidiária, Sérgio Machado, foi exonerado do cargo em fevereiro desde ano. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa relatou à força tarefa da Polícia Federal que Machado havia recebido 500.000 reais de propina - ele nega.

Já a BR Distribuidora, que mantém cerca de 7000 postos de combustíveis em todo o país, reportou baixas de 23 milhões de reais relativas a contratos que somam 793 milhões de reais.

A Transpetro e a BR Distribuidora explicaram que nenhum pagamento indevido foi feito pelas empresas, mas sim por um cartel, com a conivência de funcionários da Petrobras. As outras três subsidiárias da estatal - Petrobras Biocombustível, Gaspetro e Liquigás -, reportaram em seus balanço não terem verificado perdas com corrupção.

Fonte: Revista Veja