Vendaval na manhã desta quinta expõe estrutura precária do Edisa Valongo

Durante o forte vendaval que atingiu a Baixada Santista hoje pela manhã (27/08), o prédio do Edisa Valongo sofreu uma queda de energia. Para os trabalhadores que estavam no local, o esperado seria que o plano de contingência funcionasse normalmente. Afinal, não é a primeira vez que o prédio passa por situação semelhante.

Dessa vez foi diferente. O que ocorreu foi que os geradores demoraram cerca de dez minutos para serem acionados, não havia luz de emergência nas escadas e nem no estacionamento. O mesmo se repetiu nos subsolos, onde também não havia iluminação de emergência, e o elevador de emergência também parou de funcionar. Isso sem contar inúmeros outros problemas. Em resumo, houve pane nos sistemas de emergência e apagão geral.

Para piorar ainda mais a situação, o hall do térreo (área da recepção e catracas) ficou molhado e com alto risco de causar acidentes. Isso porque houve um erro na concepção do projeto; as laterais superiores do teto são abertas e não impedem a ação do vento e da chuva. Como se não bastasse isso, o gerente do Compartilhado orientou alguns petroleiros e terceirizados a utilizarem a escada de emergência sem iluminação e disse para que usassem a luz dos celulares. Que absurdo, cadê a política de SMS, cadê a segurança?

O recado é claro: é preciso sanar todas as debilidades do Edisa, cuja estrutura expõe os trabalhadores a condições de trabalho inseguras. Imagine se fosse uma emergência de fato e sendo necessária a evacuação do prédio pelas escadas de emergência? Sem luz, o tempo de desocupação e o risco de quedas seriam iminentes. Se os sistemas pararam com a queda de energia, inclusive os sistemas de emergência, quem garante que o sistema de combate a incêndio (sprinklers) funcionará?

O Sindicato vem cobrando a resolução das pendências do novo prédio desde o início de sua nova gestão, através de reuniões com o RH, com o Compartilhado e a CIPA. Além disso, vem realizando inspeções que resultaram em algumas melhorias, que andam a passo de tartaruga, como a instalação de cortinas blackout nas áreas mais atingidas pelo sol, conserto de vazamentos nos sistemas hidráulicos e melhorias no bicicletário, por exemplo. A pressa para liberação do prédio sem diversas premissas não vem sendo a mesma que as gerências do Edisa vem tratando para a resolução de problemas, e continuaremos atentos, cobrando e levando as demandas da categoria para reverter este descaso com a saúde e segurança os trabalhadores.