Categoria, prepare-se para a mobilização!

Trabalhadores dos 17 sindipetros, vamos à luta!

Chegou a hora dos trabalhadores unificarem forças contra todas as investidas do Governo e do presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, que querem colocar nas costas da categoria o preço da crise. E não só isso, prejudicar os trabalhadores e a própria empresa pela corrupção identificada na operação Lava Jato.

Em nossa opinião, somente por meio da luta a categoria pode dar uma resposta à altura dos ataques que já estão sendo aplicados pelo plano de desinvestimento na ordem de US$ 57 bilhões.

O recado que devemos dar é claro: a saída não é a venda de ativos e nem a entrega do pré-sal. Muito menos fatiar as negociações de acordo coletivo, como tenta impor o presidente da Petrobrás. Tal manobra já foi constatada na primeira mesa de negociação, no último dia 3, com os 12 sindicatos filiados à FUP.

Insistimos na unidade O Sindipetro-LP, desde o início desta nova gestão, tem colocado como prioridade a unificação dos 17 sindipetros. Entendemos que, apesar das divergências existentes, há um ponto que unifica as duas federações: a luta em defesa da Petrobrás.

Respeitamos a escolha feita pelos petroleiros presentes na V PlenaFUP, que optou e decidiu por uma pauta apenas política. Porém, nós da Federação Nacional dos Petroleiros, decidimos em nosso congresso que há sim condições de realizar uma campanha de ACT que una a luta por direitos à luta política.

Diante desse quadro, convocamos todos os 17 sindicatos do país a construir coletivamente, “a várias mãos”, um calendário único, concreto e objetivo de luta que coloque os petroleiros em mobilização pela defesa do maior patrimônio deste país e da soberania desta grande nação.

Aliás, nós do Litoral Paulista, conscientes dos enormes desafios envolvidos na batalha pela defesa da Petrobrás, desde 20 julho estamos com a categoria em assembleia permanente e em estado de greve – decisão aprovada pela ampla maioria dos petroleiros presentes na assembleia.

Próximos passos No próximo dia 8, no Rio de Janeiro, será a vez da FNP se reunir com a Petrobrás para iniciar as negociações de Acordo Coletivo de Trabalho. De pronto, já deixamos claro que não aceitaremos discussão de ACT com mesa dividida, pois o Sistema Petrobrás é um só e jamais aceitaremos o fatiamento dessa empresa.

Logo após a reunião com os representantes da empresa, a Direção Executiva da FNP se reunirá para definir os rumos da campanha. Neste sentido, reafirmamos a nossa disposição de construir nacionalmente, com os 17 sindipetros, uma luta que pare todas as unidades da companhia. Por isso, esperamos que o Conselho Deliberativo da FUP entenda que só há um caminho: a unificação de todos os petroleiros.

Além disso, reforçamos o chamado à Plenária Unificada dos Petroleiros, que acontece no dia 12 de setembro, sábado, no Rio de Janeiro, em Defesa da Petrobrás 100% Estatal e Pública e por um ACT justo aos petroleiros da ativa e aposentados, próprios e terceirizados. A ideia é aglutinar todos os lutadores, de todas as bases e sindicatos.

Se em 1995 havia um motivo para ir à luta, vinte anos depois há dois motivos: se lá atrás lutávamos por uma Petrobrás 100% Estatal, com a manutenção do monopólio do petróleo, hoje devemos lutar por uma Petrobrás 100% Estatal e defender a maior reserva de petróleo do Mundo.

Trabalhadores do Sistema Petrobrás, primeirizados e terceirizados, vamos à luta!