Diretoria da Petrobrás quer colocar Transpetro à venda

Privatização

Matéria veiculada pela Folha de São Paulo e pelo Jornal Nacional, da Globo, divulgaram as movimentações que muitos petroleiros já vinham observando com preocupação, mas que não tinham sido postas às claras. O diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, declarou que já se iniciaram as movimentações para avaliação da venda da Transpetro. Em tom jocoso, chega a dizer que dentro da alta gestão estaria em curso a “Operação Desapega”.

Caso se confirme, estamos diante de um duro golpe contra um dos maiores patrimônios públicos do país. Não só os petroleiros, mas todos aqueles que lutam por um país mais justo, todos aqueles que defendem uma Petrobrás a serviço da população, devem se colocar frontalmente contra. Enquanto o movimento sindical luta pela reincorporação da Transpetro à Petrobrás, uma vez que foi criada pelo governo FHC para fragmentar e enfraquecer a companhia, o governo Dilma pretende não só ignorar esta demanda, mas aprofundar ainda mais a privatização do Sistema Petrobrás entregando pra iniciativa privada a Transpetro

A notícia só confirma que não podemos ter qualquer confiança nessa diretoria da empresa, que está com a missão de avançar na privatização do Sistema Petrobrás. Também confirma que o governo Dilma segue seu plano de privatizar a companhia, demonstrando total alinhamento com o capital privado no sentido da privatização. Diga-se de passagem, nessa mesma semana, o governo vetou que os brasileiros pudessem conhecer melhor a dívida que corrói 44% do orçamento da União. Dilma vetou o Projeto de Lei que garantia a dívida pública auditada.

Essa notícia da Transpetro só demonstra o quanto não podemos disseminar grandes expectativas no Grupo de Trabalho (GT) da pauta política. Para se contrapor a esses ataques, somente os trabalhadores na luta têm a força para virar esse jogo. É importante lembrarmos que nos mantemos em Estado de Greve, e é fundamental discutir com a categoria novas mobilizações. A enrolação com o adiantamento da PLR também demonstra que sem pressão, através da luta, não iremos reverter este cenário.

Fonte: Folha de S. Paulo