Gerência do Tebar notifica supervisores sobre exoneração de cargo: Mobilização é a única saída

Ação antissindical na Transpetro

A gerência da Operação do TEBAR comunicou pessoalmente aos Supervisores do terminal sobre a decisão da diretoria da Transpetro, que aprovou a suspensão de seus cargos, a partir de 1 de maio de 2016, para inserir engenheiros promovidos a Cotur.

A medida afronta o que havia sido acordado entre a categoria e a empresa, após o fim da greve, quando a diretoria da Petrobrás garantiu que não haveria punições sem que houvesse diálogo.

As punições no Tebar começaram há muito tempo e precisam receber uma resposta da categoria. Foram três medidas principais tomadas com o intuito de punir os grevistas: Cortaram parte do pessoal da manutenção que ficava de sobreaviso; tiraram os CTOs do horário administrativo e promoveram os engenheiros que ficaram fora da greve ou a gerentes ou a coturs.

Os Operadores do Tebar estão revoltados e fizeram denúncia em massa à Ouvidoria com um texto que o Sindicato ajudou a redigir.

Outra situação conflituosa nesse contexto é a imposição da empresa aos atuais supervisores para que treinem os engenheiros para substituí-los.

Contra tudo isso, o jurídico do Sindipetro-LP entrará com ação questionando a companhia, que inverte a lógica, ao colocar técnicos para treinar engenheiros.

A denúncia também será feita ao Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego, com cópias para a Transpetro e Petrobrás, informando sobre as práticas antissindicais.

Além de a situação ser constrangedora para os supervisores, que sabem que estarão treinando pessoas que de algum modo são responsáveis por suas exonerações, fere-se o princípio estabelecido no PCAC do técnico de operação, que garante ao trabalhador a escolha por transmitir ou não seus conhecimentos para outro funcionário da companhia, baseado na confiança das informações compartilhadas e desde que haja ambiência favorável. Nada disso está sendo considerado.

O PCAC também deixa claro que os técnicos de Operação, Pleno e Sênior devem transmitir conhecimento específico da sua área, mas não treinar pessoas, o que é uma obrigação do RH, como pode ser conferido em sua diretriz 1. Além disso, as diretrizes 4 e a 5 do RH demonstram que a gerência do TEBAR atropelou esses princípios.

Não bastasse a ação antissindical, a Petrobrás tem promovido uma ambiência venenosa para o trabalhador, provocando conflitos entre gerentes, engenheiros e demais superiores contra os demais da força de trabalho.

A diretoria do Sindipetro-LP, que está em reunião com o RH corporativo, no Rio de Janeiro, manifestou desagrado às ações e avisou que os trabalhadores do Tebar estão dispostos a se mobilizar contra as punições.