VEJA o RESUMO DAS REUNIÕES COM RH DA PETROBRÁS

Acompanhamento de ACT, SMS e AMS

Durante reuniões com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e com o RH da Petrobrás no Rio de Janeiro, entre os dias 6, 7 e 8 de abril, a diretoria do Sindipetro-LP, representada por Fábio Mello, Fábio Farofa, Armando Munford e Edmilson Carmelito, cobraram informações sobre o novo PIDV, sobre efetivos, Benefício Farmácia e iniciaram com a federação a campanha Fora Bendine, dentre outros assuntos relatados abaixo.

PIDV
Para a FNP, o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário deveria ser destinado somente para os aposentáveis, sendo, inclusive mantido permanentemente para esse pessoal. A extensão a toda a força de trabalho é a prova de que a Petrobrás está abrindo mão dos empreendimentos que foram paralisados por conta do Lava Jato (Fafen e três Lagoas/Comperj /Rnest e as Premiuns), além de se desfazer de seu principal ativo, os trabalhadores petroleiros. O PIDV estendido para toda a categoria nada mais é do que uma demitir os trabalhadores, técnicos e especialistas, contratados para estes empreendimentos.

Fora Bendine
Devido à atitude entreguista da atual diretoria, juntamente com o Conselho de Administração da Petrobrás, a FNP resolveu iniciar uma campanha para destituição imediata do atual presidente da Companhia, Aldemir Bendine. Dentre as iniciativas, a federação entregou uma carta à presidente Dilma Rousseff.

A FNP tentará construir em conjunto com a FUP um dia de mobilização unitária contra a política de desmonte da empresa e em defesa do pré-sal. Outra iniciativa estudada será promover um seminário estratégico que aborde a geopolítica do petróleo.

Fórum de Efetivo
Durante reunião com a Petrobrás, o RH finalmente resolveu cumprir o ACT e discutir o Efetivo de Pessoal. Segundo a empresa, o Sistema Plafort usa como base as NRs 20 e 17, o que foi desmentido pelos representantes sindicais, uma vez que as unidades operacionais mascaram as verdadeiras necessidades das plantas, sendo que muitas delas não definem quadros mínimos e nem de referência.

A relação de efetivo fica somente nas gestões locais e em momentos como o atual, em que há corte de gastos, os gestores, por não pedirem a reposição do efetivo mínimo, fragilizam a segurança nas unidades. Em determinadas atividades o risco é ainda maior para atingir os cortes em relação à horas extras, colocando em perigo a vida dos envolvidos no processo.

A empresa alega que o estudo de efetivo analisou e mapeou onde há excessos e falta de mão de obra, para tomar ações de contratação ou remanejamento de pessoal.

A conclusão a que chegamos é que esse novo PIDV, que abrange toda a força de trabalho, é devido ao “mapa de calor”, que acusa excesso de mão de obra, gerada por contrações feitas para atender os grandes empreendimentos da companhia, que hoje estão abandonados.

A FNP aproveitou o momento para cobrar da empresa que atenda a recomendação do TCU para a primerização de várias atividades, principalmente na área de manutenção, o qual o sistema Plafort trata como mão de obra quantificável. 

Implementação e efetivação dos técnicos de segurança no regime de turno
A diretoria do Sindipetro-LP cobrou a empresa para que regule a situação dos técnicos de segurança do regime de turno na UTGCA, que hoje estão lotados no ADM.

O RH sinaliza implementar o regime de sobreaviso para os técnicos de segurança que atualmente estão no regime eventual de turno. O Sindicato criticou duramente a situação, pois, segundo o nosso ACT, a liderança da Brigada deve ser composta por técnicos de segurança próprios. O assunto foi tratado também na reunião com a comissão de SMS, a qual disse que o assunto ainda não está pacificado e por enquanto permanecerá como está.

Punições pós-greve
O Sindipetro-LP relatou nas reuniões com o RH que a categoria não irá tolerar as punições após a greve de 23 dias. Dentre os vários casos de assédio elencamos os que andam ocorrendo em nossas bases: Na RPBC, a Viradinha foi extinta pela gerência, após anos de acordo entre os trabalhadores e empresa; No Tebar, implementação dos engenheiros promovidos a Coturs e destituição dos cargos dos atuais Supervisores; Nas plataformas, dobra seletiva e boicote aos grevistas.

Benefício Educacional
O RH garantiu que os processos que entraram até o dia 31 de março serão processados até o mês de abril. Também questionamos a falta de retorno dos procedimentos aos usuários do benefício, pois só é possível saber que algo está errado quando o benefício já não está sendo recebido.

Comissão de AMS
Devido ao surto da gripe H1N1, a diretoria do Sindipetro-LP solicitou que a empresa antecipe a vacinação, prevista para maio. A comissão de AMS se comprometeu a tentar antecipar as doses da vacina.

Outros assuntos encaminhados: Pasa está em estudo. O prazo é até 31 de dezembro 2016; Hepatite C: A comissão afirmou que as medicações entregues pela empresa atendem os critérios da Anvisa; Elegibilidade de enteados: Está sendo feito estudo, ainda sem data para resultado.

Comissão de SMS
Durante a diretoria do Sindicato cobrou do SMS participação mais ativa em relação ao sistema de efetivo das plantas, para que se cumpram todas as NRs, com destaque para as 10/13/17/20, evitando, sobre tudo, o trabalho solitário.

O Sindipetro-LP cobrou o embarque da CIPA nas Plataformas, o que foi garantido pelo SMS. Também foi exigida o atendimento a NR 5, que regra a participação das CIPAs. Para a gerência do SMS, não há impedimento na participação dos suplentes nas reuniões da CIPA.

Torre de Glicol da UTGCA
Está sendo feito um acordo com o Cenpes para estudo das medições na Pluma de Dispersão da torre. Assim que estiver pronto será passado para a força de trabalho.

Resultado do acidente fatal na Reduc
Segundo a empresa, desde 2014 se sabia que o teto do tanque que quebrou, matando o petroleiro Luiz Antônio Cabral de Moraes, de 56 anos, apresentava baixa espessura. No entanto, em 2015, em nova inspeção, a empresa contratada não denunciou o fato à Petrobrás, que não providenciou nenhum tratamento ao fato. O relatório acusou que a empresa terceirizada tentou forjar documentação para se eximir da responsabilidade. Mais uma vez a ganância dos gestores da Petrobrás, que terceirizam serviços e responsabilidades, causou a morte de um trabalhador. Ainda que a contratada seja responsabilizada, o acidente evidencia que a terceirização e falta de fiscalização são os grandes responsáveis pela morte anunciada.