No dia do trabalhador, turno do Tebar realiza greve de 24 horas

Mobilização

Conforme deliberado em assembleia realizada no último dia 27 de abril, os trabalhadores do turno do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, “comemoraram” o Dia do Trabalhador nesse 1° de maio de braços cruzados.

Isso porque a empresa manteve a decisão unilateral de destituir os supervisores de seus cargos e promover engenheiros de outras regiões à função de COTURs.

Os petroleiros do turno cortaram a rendição no turno da zero hora e encerraram à zero hora de hoje. Houve 100% de adesão por parte da categoria, demonstrando que os trabalhadores não hesitaram em se mobilizar mesmo diante do absurdo comunicado emitido pela chefia na sexta-feira.

No comunicado enviado aos trabalhadores, a empresa mente sobre o direito de greve ao afirmar que "o motivo do movimento proposto não se justifica, visto que a Companhia tem um Acordo Coletivo Vigente e as negociações coletivas do ACT 2015/2017 já foram concluídas”. 

Caso os gerentes desconheçam, lembramos que somos respaldados pela Lei de Greve (nº 7.783, de 28 de junho de 1989). Segundo o texto, “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

Além disso, caso tenham se esquecido, também lembramos aos gerentes que uma das deliberações da última assembleia da greve de 2015 foi a manutenção do estado de greve. A decisão, naquele momento, visava justamente manter a categoria alerta para qualquer tipo de retaliação aos grevistas. 

Em nossa opinião, a decisão da gerência do Tebar se enquadra justamente neste critério. O que tentam fazer com os trabalhadores do terminal é puni-los pela forte adesão à greve. E os trabalhadores, com esta greve de alerta, demonstram que não aceitarão nenhum tipo de retaliação e perda de direitos.

Mais desmandos
Com a paralisação,o Sindicato esperou que a gerência da unidade se habilitasse em negociar o grupo de contingência, conforme exigência da lei de greve, quando as partes (sindicato e empresa) podem negociar sobre a produção, mas a administração não se pronunciou. E para piorar a situação, a chefia exigiu a saída dos operadores de seus postos, o que não foi atendido de imediato, uma vez que apenas esses petroleiros estão habilitados para operar o terminal. 


Os trabalhadores não podiam simplesmente entregar o "controle" da unidade para outra pessoa que não fosse um outro operador habilitado, pois isso colocaria em risco a integridade do terminal, dos trabalhadores, da comunidade e do meio ambiente. 


Mesmo diante de todas essas justificativas concretas a gerência “não arredou o pé”. Diante disso, os diretores do Sindicato solicitaram que fosse assinado um documento onde a chefia se responsabilizava totalmente pela operação do Tebar. E mais uma vez a empresa ignorou e não entregou o documento. Isso só demonstrou, mais uma vez, que eles fazem somente o que querem e que não se importam com os trabalhadores.