Novas da gerência: Acúmulo de função e trocar final de semana e feriado por dia normal

Escala anual plantão administrativo

Mais uma vez os gestores da Petrobrás vem nos surpreender com suas “sabedorias” em fazer gestão.  A mais nova desses “iluminados” é a criação de uma escala de trabalho para o regime administrativo, chamando de "folga deslocada". A escala consiste em convocar e obrigar o empregado a trabalhar finais de semanas e feriado, sem pagar horas extras, trocando simplesmente o dia trabalhado do final de semana e feriado por folga em dia útil.

Essa mudança atropela e desrespeita a CLT, OIT e o acordo coletivo, além de não respeitar a fiscalização do órgão competente do Trabalho local, no que diz respeito à homologação de escala de trabalho.

A justificativa utilizada pelos gerentes para criação de escalas para o regime administrativo, diferente da jornada 5x2, que é praticada em toda a Companhia, é inconsistente, ilegal e forçada, pois se baseia no item 6.1.1 c do padrão PE-0V4-00034, que prevê escala de plantão para situações que justifiquem a continuidade operacional ou normalidade dos serviços. Ou seja, tal medida deve ser aplicada em situações imprescindíveis, em que há urgência. Porém, estão distorcendo e se utilizando deste artifício para qualquer situação.

Para piorar, no E&P-SERV/US-SOEP a gerência geral transferiu a função da gerência de Contingência Ambiental para a gerência de Transporte Aéreo, o que obriga os empregados responsáveis por essa gerência a acumularem funções distintas, tendo que responder a duas gerências diferentes.

Mesmo com visível incompatibilidade das funções, ainda assim, os gestores causaram a estes empregados a perda de seus direitos quanto às folgas do regime administrativo e o desvio de função, uma vez que a atividade acumulada não tem nenhuma relação com a atividade da gerência que são lotados.

A decisão prejudicial aos trabalhadores deixa evidente o desrespeito e a conduta mal-intencionada dos gerentes, pois não existe necessidade imperiosa neste caso para criação de escala, a não ser simplesmente a vontade de um gerente que resolveu, por conta própria, acumular a função de plantão de contingência ambiental aos Petroleiros do transporte Aéreo.

“Especialistas” em gestão, eles criam e destroem tudo que puderem ate chegar a “excelência” de sua administração. Como se não bastasse, eles fazem da nossa empresa um grande laboratório de seus desmandos, colocando em risco a vida de trabalhadores e do meio ambiente.

Eles usam de mentiras para com os trabalhadores, com jogos de palavras com dupla interpretação para tentar implantar suas vontades na empresa. Julgam mal o trabalhador e se esquecem de que a força de trabalho da Petrobrás é composta por pessoas inteligentes e politizadas. A má fé da gerência é tanta que chegaram a dizer que notificaram o Sindicato a respeito e que tudo está certo. Tamanha falta de ética não pode ser tolerada.

O Sindipetro-LP em momento algum foi notificado sobre qualquer mudança na escala ou junção de gerências. Como representantes dos trabalhadores, qualquer assunto com tamanha complexidade e que altera a rotina dos trabalhadores só poderia ser autorizada pelo seu representante legal que é esta entidade sindical, e somente com a anuência dos trabalhadores.

Podemos ver que os gestores da companhia sequer praticam o básico da gestão empresarial, que é a politica de gestão de pessoas, seja realizando um estudo de impacto ou conversando com o representante dos trabalhadores, o Sindicato.

As gerências da Petrobrás estão aplicando cortes de gastos de forma a prejudicar não só a força de trabalho, mas também a própria companhia, com o que chamamos de “economia burra”. Não bastasse os cortes na área de Segurança agora também querem cortar na contingencia de emergências, colocando em risco também o Meio Ambiente.

Como se não bastasse a falta de conhecimento em legislação, os gestores demonstram sequer terem lido o acordo coletivo dos seus trabalhadores. Seja por falta de conhecimento, experiência ou má fé, praticam seus desmandos e atrocidades com imposições de ordens absurdas e sem embasamento algum.

Parte dos problemas da Petrobrás começa pela má escolha de seus gestores, pois muitos não estão lá por capacitação ou experiência, mas sim por indicação ou por que se submetem a acatar as ordens de seus chefes.

Para começar, se é para cortar gastos, que seja tirando de onde não gera riqueza para a companhia. Que cortem os luxos dos gestores como carro exclusivo, café da manhã, abono de gestão, cargos sem subordinados, excesso de coordenações sem quadro de efetivo etc.

O Sindipetro-LP não ira aceitar qualquer tipo de imposição ou alteração ilegal de gestores imprudentes, negligentes ou imperitos e se assim eles insistirem vamos fazer denuncias juntos aos órgão públicos como MPT e TRT, não vamos tolerar qualquer tipo de arbitrariedade desses gestores sem compromisso com trabalhador e meio ambiente.