FNP dá sequência às mobilizações com atraso na REVAP, em São José dos Campos

ACT

Marcado por um produtivo diálogo dos dirigentes sindicais com os trabalhadores de base, foi realizado na manhã desta sexta-feira (28) um novo atraso da Caravana de Greve da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Depois de passar pelo Tebar, terminal da Transpetro localizado em São Sebastião, os diretores da FNP decidiram desembarcar em São José dos Campos, na REVAP.

Diversos trabalhadores da base fizeram uso da palavra no microfone. Paralelamente, dirigentes aproveitaram a oportunidade para conversar com cada trabalhador sobre a venda do pré-sal, recolhendo assinaturas para a campanha “Do pré-sal não abro mão”, e sobre os ataques do governo Temer, distribuindo o boletim elaborado pelo Sindipetro-LP sobre as medidas impopulares do governo fruto de um golpe parlamentar.

Mais do que reforçar a necessidade de resistência frente à tentativa de retirada de direitos e de privatização da Petrobrás, os diretores presentes reivindicaram o exemplo da juventude que hoje luta em diversas cidades do país contra a reforma do ensino. Juventude que, aliás, apesar de toda a repressão do Estado e criminalização da grande imprensa, vem demonstrando coragem, ousadia e união para resistir. É esta referência que deve ser usada pelos trabalhadores de todo o Brasil.

No caso da categoria, mais uma vez foi defendida a necessária unidade dos 17 sindicatos petroleiros. Unidade que não deve se restringir às direções sindicais. Entretanto, parte-se da compreensão que o exemplo deve ser dado justamente pelo movimento sindical para que os petroleiros e petroleiras, nacionalmente, sintam confiança para ir à luta.

Neste sentido, reforçamos o convite feito pelo Sindipetro-LP para que as 17 entidades petroleiras do país se reúnam no próximo dia 9 de novembro, em Santos, para debater a formação de um Comando Único de Greve. A consolidação desta ferramenta será de fundamental importância para demonstrar força e coesão à direção da empresa, que segue apostando suas fichas numa campanha de ACT sem luta. 

Os petroleiros vêm rejeitando massivamente a 2ª proposta da empresa, que preserva na essência os ataques de sua oferta inicial. Rebaixamento salarial e perda de direitos para tornar a empresa mais atrativa aos compradores. Pedro Parente, sob orientação direta de Temer, quer fazer um verdadeiro leilão da maior empresa do país. Cabe a nós demonstrar que a categoria petroleira, unida e em luta, resistirá.