Diante de risco iminente de acidente aéreo, petroleiros de Mexilhão lançam manifesto e cobram ação da Petrobrás

Insegurança

Em um manifesto (leia aqui) assinado por mais de noventa trabalhadores, os petroleiros da plataforma de Mexilhão, na Bacia de Santos, apelam à gerência da Petrobrás para que tome providências sobre a insegurança que perturba a rotina da categoria nessa unidade e também na plataforma de Merluza.

Desde que o plano de desinvestimentos foi aprovado, a empresa vem buscando cortar ao máximo os custos com a justificativa de gerar economia em áreas onde haveria gastos excessivos. Um discurso bonito, aparentemente correto, mas que na prática vem se demonstrando um desastre. O que vem acontecendo, na realidade, é o corte sem critério de gastos em áreas vitais para o pleno e seguro funcionamento das unidades da companhia. A segurança das unidades e dos trabalhadores está sendo deixada em segundo plano em nome de uma suposta austeridade. 

No caso das plataformas de Merluza e Mexilhão, o problema mais crítico neste momento está no serviço aéreo oferecido pela Aeroelo - responsável por realizar os embarques e desembarques a partir do Aeroporto de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. Só na primeira semana de dezembro, em ao menos três oportunidades a aeronave da empresa – que substituiu recentemente a antiga prestadora deste serviço - apresentou problemas, gerando desde atrasos, cancelamento e transferências de voos por indisponibilidade de helicóptero.

Diante das denúncias dos trabalhadores, o Sindicato enviou ofício no dia 6 de dezembro (leia aqui) à gerência da empresa cobrando providências imediatas para que esses eventos não voltem a se repetir, além de exigir a comprovação da segurança das aeronaves.

Aparentemente, uma vez que diversas denúncias já foram feitas, a companhia aguarda uma tragédia para tomar uma atitude. A apreensão entre os petroleiros, que já vivem sob forte tensão ao trabalhar em alto mar, em regime de confinamento, está no limite. Todos estão a serviço da Petrobrás para vender a sua força de trabalho e ajudar a companhia a crescer e abastecer o país, não para correr riscos e viver sob medo. A negligência da companhia neste caso é criminosa!

Por fim, o Sindicato já comunicou a Petrobrás que acionou os órgãos responsáveis para que as devidas fiscalizações sejam feitas.