Na UTGCA, gerente de ativo tenta impedir retorno ao trabalho dos grevistas

Chefe que gosta de greve?

Parece brincadeira, mas não é. Na manhã desta segunda-feira (26), quando o Sindicato decidiu pela suspensão do movimento grevista, o gerente de ativo da UTGCA, em Caraguatatuba, tentou impedir o retorno ao trabalho dos petroleiros e petroleiras grevistas. Em outras palavras, fez questão que a categoria continuasse em greve.

Com a alegação de que estava preocupado com a segurança da unidade, o chefe “grevista" afirmou que não tinha condições de saber se todo o turno estava disponível para render a contingência. Uma justificativa no mínimo curiosa, uma vez que frequentemente a unidade opera com quadro mínimo reduzido sem o gerente se incomodar com a segurança da planta e dos trabalhadores. 

E, no caso da greve, salta aos olhos o fato de que a operação nas mãos de engenheiros, supervisores de mecânica e outros empregados, que não são técnicos de operação e ainda assim formaram o grupo de contingência nos últimos dias, não lhe traga grandes preocupações. Isso demonstra a falácia de suposta preocupação. Além disso, logo no início da manhã, o Sindicato entrou em contato com este mesmo gerente para informar que a greve seria suspensa e a rendição seria realizada com o Grupo 1. Ou seja, houve tempo hábil para a empresa organizar a saída da contingência sem imprevistos. 

O que acontece, na verdade, é que o gerente de ativo da UTGCA não tolera o movimento sindical e tenta, a todo momento, desrespeitar o direito de greve dos trabalhadores. Foi assim, por exemplo, no dia 27 de novembro. Na ocasião, durante movimento de atraso, o transporte simplesmente foi cortado pelo gerente tanto para aqueles que realizaram a paralisação de duas horas, como para aqueles que deixavam a unidade para retornar às suas casas. Foi necessário o Sindicato iniciar corte de rendição para o gerente recuar na retaliação absurda a um direito legítimo dos trabalhadores.

Nesta segunda-feira (26), o recuo também aconteceu somente após a intervenção do Sindicato. Os dirigentes presentes, em conjunto com a categoria, informaram ao gerente que os trabalhadores do regime administrativo também não entrariam se não fosse liberada a troca de turno. Diante disso, a gerência recuou.

O Sindicato repudia essa postura do gerente de ativo da UTGCA e deixa claro que não aceitará nenhum tipo de prática antissindical.