Por ampla maioria, petroleiros do Litoral Paulista rejeitam proposta da Petrobrás

Nenhum direito a menos!

Os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista rejeitaram, por ampla maioria de votos, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás. A decisão ocorreu na noite desta sexta-feira (6), em assembleia realizada na sede (Santos), subsede (São Sebastião) e plataformas (Merluza, Mexilhão e P66).

O resultado acompanha o cenário nacional, que é de rejeição massiva da proposta nas votações realizadas até aqui. Nacionalmente, a categoria vem manifestando indignação diante da dupla Parente/Temer. Os trabalhadores entendem que a retirada de direitos é parte do processo de privatização da empresa e, por isso, abraçaram a palavra de ordem deste ano: nenhum direito a menos!

Em outras palavras, os trabalhadores da Petrobrás compreendem que a intenção da atual gestão é sinalizar ao mercado que não poupa esforços em transformar a maior empresa do país numa companhia cada vez mais alinhada ao mercado e atrativa aos seus acionistas. E para isso, é necessário vender ativos, entregar campos valiosos do pré-sal e destruir direitos históricos dos petroleiros. Temer e seu pupilo Parente tentam disfarçar, mas fica cada vez mais evidente o objetivo de sabotar a empresa e seus trabalhadores em benefício do capital internacional.
 

Casa cheia
A categoria respondeu positivamente ao chamado do Sindicato e compareceu em bom número à assembleia, que não se restringiu à rejeição da proposta. Os trabalhadores presentes também aprovaram a manutenção das mobilizações, do estado de greve e assembleia permanente. Além disso, a votação foi precedida de palestras sobre o equacionamento da Petros e os principais ataques que a atual gestão da Petrobrás tenta aplicar neste ACT.

A explicação sobre o nosso fundo de pensão ficou sob a responsabilidade do advogado da entidade Marcos Coelho. No caso do ACT, o coordenador-geral do Sindipetro-LP e secretário-geral da FNP, Adaedson Costa, foi o responsável pela explanação.

No caso da Petros, há três medidas urgentes a serem tomadas. Em primeiro lugar, exigir a auditoria do questionável valor do déficit, que é de R$27 bilhões segundo os números oficiais; seguir cobrando que a patrocinadora, no caso a Petrobrás, de uma vez por todas pague o que deve; em terceiro lugar, e não menos importante, brigar também para que o percentual mensal de desconto exigido aos participantes não seja o teto, mas sim o mínimo exigido pela lei. Afinal, se a empresa está preocupada com o Fundo, que ele continue existindo, não há outra medida a ser tomada senão estabelecer valores condizentes com a realidade dos participantes, que terão suas condições mínimas de subsistência sensivelmente afetadas por esse equacionamento.

O Sindipetro-LP reafirmou o seu compromisso de construir a necessária unidade nacional da categoria. A realização do 2º Coupesp (Congresso Unitário dos Petroleiros do Estado de São Paulo) e a participação no Ato em Defesa das Estatais, juntamente com a outra federação e demais sindicatos, são provas desse esforço honesto em garantir que a categoria nacionalmente lute em defesa da Petrobrás e de um acordo coletivo digno.

Juntos, somos mais fortes!

Clique aqui e veja uma análise sobre as perdas de direitos que a direção da empresa quer empurrar goela abaixo dos trabalhadores.