Governo Temer não perde tempo e retoma articulações pela Reforma da Previdência

Destruição de direitos

Michel Temer (MDB) iniciou a primeira semana do ano com articulações a todo o vapor para aprovar a Reforma da Previdência. A agenda inclui reuniões com o presidente da Câmara, ministros e deputados.

A votação da reforma, que acaba com o direito à aposentadoria dos brasileiros, foi marcada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para 19 de fevereiro, logo após o Carnaval. Até lá, o governo já mostrou que fará de tudo pela busca dos votos necessários para aprovar a medida exigida pelos setores financeiros e empresariais do país.

O balcão de negócios está aberto. A compra de votos é tão descarada que as declarações do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), não deixam mentir: Marun admitiu no final do ano que o governo está condicionando a liberação de recursos em bancos públicos em troca de votos a favor da reforma.

“Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. Se não, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, poderia tomar não sei onde. Obviamente, se são na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo. E, nesse sentido, entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão de vida ou morte para o Brasil”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no dia 26 de dezembro.

A necessária reação
As centrais sindicais já aprovaram conjuntamente que se o governo Temer colocar a reforma para votar, o Brasil vai parar. Aliás, esta era a pauta da greve nacional do dia 5 de dezembro, equivocadamente cancelada pelas centrais sindicais majoritárias do país.

O Sindipetro Litoral Paulista, que vem respondendo positivamente a todos os calendários de luta indicados pelas centrais, entende que somente a reedição de uma forte greve geral, como ocorreu em 28 de abril de 2017, é capaz de barrar esse ataque. Em nossas bases, somada à luta da categoria petroleira por um ACT digno, temos elencado como uma das principais tarefas a denúncia ao que consideramos a destruição do nosso direito à aposentadoria.