PETROBRÁS ANUNCIA VENDA DE 4 REFINARIAS E 12 TERMINAIS NÃO SÃO “PARCERIAS”, É A PRIVATIZAÇÃO!

O Pedro não para

No dia 19 deste mês, a Petrobrás anunciou que entregará o controle acionário das refinarias Abreu e Lima (RNEST), Landulpho Alves (RLAM), Alberto Pasqualini (Refap) e Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Transpetro com sua infraestrutura de transportes, dutos e terminais, ofertando assim mais um setor estratégico para o país. 

A estatal passaria a deter apenas 40% das ações dessas unidades. A empresa, que hoje controla a totalidade do mercado de refino nacional, afirma que passará a deter 75% desse mercado. Entretanto, segundo a própria apresentação da empresa, RLAM e RNEST respondem juntas por 19% da capacidade de refino, e REPAR e REFAP por 18%, o que significa que a estatal passa a controlar apenas 63% da capacidade de refino (já que com 40% deixa de controlar as quatro refinarias). Com as importações, pode perder ainda mais controle no mercado de derivados, o que vai ser sentido pelo consumidor final.

Não será mais possível implementar uma política pública de controle de preços, como a que existia antes da adoção de preços de mercado (o que provocou a explosão dos preços da gasolina e do GLP). Sob o pretexto de “reposicionamento estratégico”, a Petrobrás fortalece seus concorrentes - criando concorrência inclusive em áreas que domina totalmente. A empresa quer ainda vender as fábricas de fertilizantes, localizadas na Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul, mas segundo especialistas do setor, somente se a Petrobrás oferecer “um negócio da China” irá atrair interessados nas unidades. Quanto a isso, bem sabemos que Pedro Parente tem aceitado fazer qualquer negócio.


O Estado Brasileiro perde a capacidade de intervir na Economia como indutor de desenvolvimento e o emprego de milhares de trabalhadores próprios e terceirizados é colocado em risco. Por enquanto, são planos. Se nada for feito, esses planos podem se tornar uma realidade tenebrosa. Por isso, é fundamental que a categoria -nacionalmente - resista a este imenso ataque.


Pedro Parente sabe que a população é contra a privatização da maior empresa do país. Não por acaso, fala em venda de ativos, desinvestimentos, “parcerias”. Mas tudo isso não é outra coisa senão a privatização aos pedaços da Petrobrás. É nossa soberania nacional atacada! Precisamos mobilizar toda categoria, para juntos com os trabalhadores barrar a privatização! Por uma mobilização nacional e unificada dos petroleiros!