Sindicatos da FNP realizam assembleias com indicativo de estado de greve, contra ao desmonte da Petrobrás

Construir a greve nacional

Durante reunião que aconteceu nesta quarta-feira (dia 9), no auditório do Sindipetro-RJ, ficou definido que a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) e seus Sindicatos farão um grande calendário de mobilizações, com atividades até o próximo dia 25.

Neste período, a categoria será consultada em assembleias e vários atos devem ocorrer, em todas as unidades. O indicativo da FNP é que seja aprovado o estado de greve nas bases, para começar a construir a Greve Nacional contra o desmonte do Sistema Petrobrás.

Além disso, uma campanha de comunicação unificada deverá ser lançada, para mobilizar os petroleiros e petroleiras contra a privatização, em defesa da Petros e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.

“É hora de a categoria se unir e mostrar toda a disposição de luta para deixar claro que não aceitaremos esse entreguismo e desmonte da empresa”, disse o presidente do Sindipetro-SJC, Rafael Prado.

Segundo ele, o balanço do 1º trimestre só prova o que os Sindicatos já denunciam há tempos: que o desmonte da Petrobrás não é uma previsão, mas uma realidade. Afinal, esse resultado positivo apresentado no primeiro trimestre não é ancorado no aumento da produção e na geração de empregos, o que seriam motivos de comemoração. Pelo contrário: é ancorado na venda de ativos, na venda do pré-sal, na redução de investimentos e na redução da produção de derivados.

“O resultado é positivo só para o mercado financeiro, mas bastante negativo para o conjunto da classe trabalhadora. É hora de organizar a greve nacional da categoria”, disse.

Para o diretor do Sindipetro-LP, Fabio Mello, cabe aos petroleiros construir uma greve nacional: “Temos que resgatar o sentimento nacionalista do petroleiro, que tem essa função de proteger a Petrobrás, do copeiro ao mais alto executivo da companhia. Temos que informar a sociedade que o barril do petróleo a U$S 75 é muito menor do que o barril de gasolina importado. Dizer que nossas refinarias estão baixando a produção e importando mais combustível. Informar que a indústria metalúrgica foi atacada na passado e hoje o importamos chapas de aço da China”.

A construção de uma grande frente contra a privatização não é uma questão apenas do petroleiro. Correios, Embraer e Eletrobrás estão também na mira do governo privatista de Michel Temer. O momento é de unirmos forças também com essas categorias.

“Tá na hora de cair a ficha que sem a Petrobrás não vai mais existir FUP, FNP, AEPET. Temos que entender que o mundo Petrobrás não é só o petroleiro próprio, tá  na hora de nos enxergarmos como uma empresa macro, empresa essa que quando se instala gera renda direta e indireta a milhares de pessoas”, conclui Mello.

Com informações do Sindipetro São José dos Campos.