Sindipetro-LP promove atrasos contra retirada de ônibus e redução de itens do lanche da zero hora

Nenhum direito a menos!

O Sindipetro-LP iniciou  nesta semana atrasos na RPBC, contra a substituição dos ônibus das linhas 13, 14 e 15 por vans e em protesto contra a redução da qualidade e quantidade dos alimentos servidos na refinaria.  Com média de duas horas de atrasos por turno, o sindicato tem aproveitado para falar com os trabalhadores sobre as armadilhas do PCR, sobre o fim do atendimento no hospital Ana Costa pela AMS, além de outros assuntos de interesse da categoria.

Os atrasos começaram na segunda (6) e serão estendidos a todos os turnos. A retirada dos ônibus das linhas, de acordo com a Petrobrás, seria uma medida para diminuir gastos, devido à quantidade de pessoas que utilizam o transporte. Porém, para os trabalhadores, a retirada das linhas não se justifica, já que não é todo dia que o número de trabalhadores é reduzido e nos dias de pico as vans não comportariam adequadamente todos.

A mudança dos ônibus por vans evidenciam dois problemas graves, o aumento do tempo médio das viagens, que hoje fica em torno de 30 e 40 minutos e passaria a ser de 1h40; e o risco de acidentes, que em veículos de menor porte, como o pretendido, é muito maior e mais letal ao trabalhador. No caso de maior tempo no transporte, as jornadas prolongadas irão evidenciar e potencializar possíveis problemas de saúde, como dores nas costas e problemas na coluna, além de aumentar a exposição a vírus e outras doenças sazonais.

Em conversa com a gerência da Petrobrás, o sindicato apresentou a proposta de, ao invés de tirar os ônibus da maioria dos trabalhadores, passar a transportar também os supervisores, que utilizam, individualmente e diariamente, táxis pagos pela empresa para se locomoverem. 

Redução dos itens do lanche
Outro ponto dos atrasos, o novo contrato de alimentação da refinaria tem servido aos trabalhadores da zero hora lanches com redução de 80%dos itens que eram servidos. De nove itens que eram entregues, agora são apenas cinco, e com qualidade inferior.

Além da baixa qualidade do serviço apresentado, o que inclui atrasos na entrega das refeições, a empresa tem divulgado que a mudança nos lanches ocorreu com o aval do sindicato, o que não é verdade.  Em reunião com a empresa sobre o novo contrato, os diretores do sindicato foram informados que haveria mudanças nos itens distribuídos, mas que a mudança seria para melhorar a qualidade da refeição e atender a demanda dos trabalhadores por mais porções de proteína.

O sindicato irá continuar realizando os atrasos para esclarecer os trabalhadores sobre as mudanças que estão sendo implantadas e consultar a categoria sobre os próximos passos de mobilização para reverter as medidas apresentadas pela empresa. Será preciso responder a altura os ataques, pois se nada for feito os gestores retirarão muito mais dos trabalhadores.