Sem pagar VA e VT, JPTE, terceirizada do Edisa, agora atrasa salários de seus empregados

Estamos mobilizados!

A Petrobrás tem apresentado resultados cada vez melhores, porém, sacrificando os trabalhadores, principalmente os terceirizados. Em busca do lucro para os acionistas, a empresa aceitou o pior da reforma trabalhista, permitindo contratos com cada vez menos benefícios, salários rebaixados e fazendo vista grossa para punições e demissões aos trabalhadores que cobram seus direitos.

É o que vem acontecendo com os funcionários da empresa JPTE, que presta serviço de secretariado e gestão no edifício Administrativo da Petrobrás (EDISA), no Valongo, em Santos. Os terceirizados da empresa são responsáveis por fazer os lançamentos da frequência dos empregados, principalmente dos embarcados, agendamento de viagens entre outras atividades administrativas. No entanto, desde a contratação da JPTE os trabalhadores têm sofrido com a falta de compromisso da empresa, que não tem depositado o vale alimentação e vale transporte e tem atrasado constantemente os salários de seus funcionários.

Os problemas relatados no Valongo são os mesmos enfrentados pelos trabalhadores em bases de Macaé, no Rio de Janeiro e em Vitória, no Espírito Santo.

As denúncias dos trabalhadores contra a JPTE têm sido levadas pela diretoria do Sindipetro-LP para ser discutida nas reuniões com o RH e corporativo da Petrobrás, porém sem avanços até o momento nem um posicionamento da empresa.

A JPTE também foi denunciada pela troca do sindicato que representa os trabalhadores, neste ano, o que possibilitou a troca da tabela salarial e a convenção da categoria da ‘Engenharia Consultiva’ para a categoria de ‘Contabilidade e Assessoramento’, cuja tabela e convenção pagam menos aos funcionários que continuam realizando a mesma função de antes. Mais uma vez, a irregularidade também foi ignorada pelos fiscais da Petrobrás.

A reforma trabalhista e a Lei da Terceirização aumentaram muito os ataques aos direitos dos trabalhadores. No sistema Petrobrás não está sendo diferente e com a mudança de governo em 2019 a tendência é que cada vez mais aumente a repressão e a retirada de direitos.

Mais do que nunca é preciso que os trabalhadores próprios da Petrobrás se solidarizem com os colegas das contratadas e também denunciem as irregularidades que presenciarem.

O Sindipetro-LP repudia a forma como os problemas dos companheiros têm sido tratados pela Petrobrás e reforça aos trabalhadores da JPTE e demais terceirizadas que está aberto para receber as demandas e encaminhá-las para que os devidos responsáveis. Juntos buscaremos solução para os problemas causados pela omissão da Petrobrás.

O sindicato estará à frente dessa demanda, cobrando os gestores do contrato e tomando todas as medidas cabíveis para que os salários em atraso e vales sejam pagos aos trabalhadores o mais breve possível.