O ano não podia acabar sem mais denúncias nas plataformas

Caos na UO-BS

Os petroleiros embarcados vêm passando por inúmeros problemas desde o embarque no aeroporto de Jacarepaguá até pagamento de horas extras. Apesar das inúmeras denúncias, feitas por parte dos dirigentes do Sindipetro-LP, as gerências das plataformas insistem em empregar a “lei do cão” mesmo sabendo que estão indo contra a CLT, normas de segurança e colocando a vida dos trabalhadores em risco.

Para ter uma ideia, do que vem ocorrendo, no dia 15 de dezembro um operador teve que desembarcar da plataforma de Mexilhão por falta de vaga. O trabalhador teve que ceder a vaga para uma pessoa que a chefia “achou” que era mais importante estar no local. O grande problema é que o petroleiro que desembarcou é cipista e seria o único a bordo. O anexo II da NR-30 estipula que seja eleito um representante da cipa por grupo com o objetivo de ter sempre alguém embarcado. O que nos preocupa é que se essa atitude, orquestrada pelo gerente, foi por puro desconhecimento em relação à norma ou se simplesmente não deram nenhuma importância ao anexo. 

E a coisa não para por aí... Além de ter a vida colocada em risco ainda acontece assédio moral o que pode implicar em problemas mentais. O Geplat (que foi Suein) tem pressionado os trabalhadores para fazer o curso "Petrobrás - Legislações Anticorrupção e Ética", que tem prazo final, para conclusão, no próximo dia 31 de dezembro. Os embarcados têm tentado atender essa demanda, mas têm encontrado muita dificuldade. O sistema não carrega porque é antigo, via rádio, o que acaba não carregando os módulos.

O chefete deveria tentar uma solução para esse problema, mas acabou criando um novo. Ele resolveu assediar os trabalhadores para que todos concluíssem o curso de qualquer jeito e que fosse feito antes do desembarque, mesmo que isso implicasse em ficar a disposição da empresa após a jornada de 12 horas de trabalho. Para piorar a situação os supervisores foram acionados para que ligassem para os petroleiros que estavam de folga para que fossem até o prédio para fazer o curso sob o risco de ninguém receber nível na próxima avaliação. Um tremendo despautério!

Em Merluza a coisa não está tão diferente no quesito preocupação com a segurança dos trabalhadores. No dia 6 de setembro houve um acidente envolvendo a explosão no motogerador principal da unidade causando shut down e que por sorte não houve vitimas. Para apurar o caso foi instituída uma comissão de investigação, mas para variar, os representantes do Sindipetro-LP não foram convocados contrariando o PP-1PBR-00150, será mais uma desconsideração da UO-BS? Vamos cobrar!