Palestras sobre o desmonte do refino e poder das redes sociais abrem Congresso Paulista da FNP

Privatização

O II Congresso Estadual dos Petroleiros começou neste sábado (6), na sede do Sindipetro-LP, em Santos, denunciando o desmonte do sistema Petrobrás por parte do governo Bolsonaro e seus efeitos negativos para a soberania do país e para toda a população.

Participam do Congresso 60 petroleiros e petroleiras, entre delegados e observadores, da baixada santista, São José dos Campos e São Sebastião. O objetivo do encontro é traçar a estratégia de defesa do Acordo Coletivo de Trabalho, da Petrobrás pública e 100% estatal e preparar o Congresso Nacional da FNP, que acontece entre 2 e 5 de maio, no Rio de Janeiro.

Desmonte da Petrobrás
No primeiro debate, Herbert Campos, da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás), mostrou que a desintegração do sistema Petrobrás de extração, refino e distribuição provoca o aumento de preços dos combustíveis que pesa no bolso da população e prejudica o desenvolvimento econômico do país.

A exposição de Campos acendeu o alerta entre os petroleiros: no dia 30 de abril, o governo Bolsonaro deve apresentar o novo modelo de privatização. Segundo ele, nenhuma das refinarias está a salvo das garras de Bolsonaro e Paulo Guedes. Por isso, é urgente preparar a resistência a este processo.

Palestra de Herbert Campos sobre refino na íntegra


Segundo o representante da Aepet, se a metodologia de precificação das refinarias nacionais for a mesma adotada na venda de Pasadena, nos Estados Unidos, este patrimônio, que é resultado de bilhões de reais em investimento público, será vendido por alguns milhões.

“O governo Bolsonaro está manipulando a Petrobrás para prejudicar o Brasil. É preciso aproveitar todos os espaços para resistir a este ataque e defender o sistema Petrobrás para garantia da soberania energética e do desenvolvimento nacional”, afirmou Campos.

Comunicação para a luta
A segunda palestra do dia, conduzida pela cientista social e jornalista Gisele Peres, tratou sobre importância do uso das redes sociais como ferramenta de comunicação a serviço da luta.

No caso da Petrobrás, por exemplo, que é sistematicamente atacada pela grande imprensa, é fundamental que os sindicatos e petroleiros usem ferramentas como o Facebook, Whatsapp e YouTube em defesa da estatal.

Confira no vídeo abaixo um resumo do 1º dia de Congresso