Com anúncio de que Petrobrás irá vender metade de suas refinarias, Fórum em defesa da RPBC é ainda mais urgente

Dia 22 vamos dar resposta contra a privatização!

A decisão a Petrobrás de vender a partir de junho deste ano metade das refinarias de petróleo não surpreendeu os petroleiros. A política de entrega das riquezas nacionais estava no discurso do presidente Jair Bolsonaro durante toda sua campanha eleitoral e como projeto do seu “posto Ipiranga”, o hoje ministro da Economia, Paulo Guedes.

O filé dentre os ricos ativos da Petrobrás não ficaria de fora da lista de compras das empresas estrangeiras. A Petrobrás espera arrecadar entre US$10 e US$ 15 bilhões com a venda das refinarias.

De acordo com o jorna O Globo, as refinarias que serão vendidas estão no nordeste, sul e sudeste, sendo elas: no nordeste, a Rlam, na Bahia e Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; no Sul, entrariam as refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná; no Sudeste, seriam a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, e a Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.

Juntas, essas unidades têm capacidade para processar por dia cerca de 1,235 milhão de barris de petróleo (cerca de metade da capacidade nacional, que soma 2,176 milhões de barris diários). Ou seja, a empresa vai vender metade de sua capacidade de refino, deixando o país refém do aumento das importações de derivados.

Para o país, será um tiro no pé. De acordo com o diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, o consumo de derivados no Brasil tende a crescer, aumentando a demanda por investimentos nas refinarias. Segundo ele, o país deve chegar a 2028 importando 1 milhão de barris de derivados por dia, contra 600 mil atuais.

O modelo de privatização das refinarias deve ser entregue ainda neste mês ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão irá verificar os riscos de monopólio regional do refino, que inevitavelmente irá acontecer, apesar das “tratativas” para que isso não ocorra. Basta observamos o que acontece nos postos de venda de combustíveis das cidades, onde existem cartéis que regulam os preços dos combustíveis, com pequenas variações nos valores que dão uma falsa sensação de concorrência.

Hora de mobilizar todos em defesa da RPBC
Diante da movimentação do governo de vender refinarias em todo o país, o Sindipetro-LP apresentou uma iniciativa para unir sindicatos, trabalhadores e autoridades públicas em defesa da RPBC, que não é carta fora do baralho dentre as refinarias postas a venda. No dia 22 de abril, às 19 horas, será lançado em Cubatão o Fórum Popular em Defesa da RPBC. O ato será realizado na Rua Assembleia de Deus, 39, 2º andar, Jardim São Francisco.

Na ocasião, será exposta em detalhes esta ameaça. Além disso, a intenção é construir ações que ajudem a impedir que mais uma vez milhares de cubatenses sejam afetados por uma política desastrosa.

O que vivemos no passado com a Usiminas deve servir de aprendizado. Se demorarmos para reagir, poderá ser tarde demais.

É preciso preparar a resistência, compartilhando este grave fato aos amigos e familiares e também protestando. Só assim as autoridades públicas se sentirão pressionadas a se posicionar ao lado do povo. Se a gente não lutar, a vida não vai melhorar!

Por isso, estamos lançando o Fórum Popular em Defesa da RPBC. Queremos que você, sua família, seus amigos e seus colegas de trabalho nos ajudem a defender a RPBC e nossos empregos.

O primeiro passo é participar do lançamento do fórum em defesa da RPBC, compareça!