Estudantes da Baixada Santista voltam a ocupar ruas de Santos contra cortes na educação

Agora é Greve Geral!

Os estudantes voltaram a dar exemplo de luta na última quinta-feira (30), com grandes protestos em todo país contra o corte de 30% em verbas da educação, efetuados pelo governo Bolsonaro.

As manifestações aconteceram em mais de 130 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal. Em Santos, novamente a avenida Ana Costa foi tomada por uma multidão. E uma dúvida ficou no ar: foi menor, igual ou maior que o protesto de 15 de maio? Um questionamento muito positivo, pois é a demonstração que mais uma vez estudantes e trabalhadores de toda a Baixada Santista. Pode-se seguramente que ao menos 6 mil pessoas participaram do protesto.

De longe, em todo o país, os protestos superaram os atos pró-Bolsonaro do último dia 26. Com o desemprego em alta, a economia estagnada e os escândalos de corrupção envolvendo a família Bolsonaro, o desgaste do governo se aprofunda.

Mais uma vez, na Baixada Santista, a força do protesto esteve na união entre estudantes e trabalhadores. Se no dia 26 aqueles que apoiam o desmonte da educação e o fim das aposentadorias não conseguiram sequer encher a Praça da Independência, ontem o ato transbordou a avenida Ana Costa, uma das principais avenidas da cidade, e tomou conta da avenida da praia e da praça das Bandeiras, no Gonzaga, onde foi encerrada a manifestação.

Além disso, logo pela manhã, a categoria petroleira já havia demonstrado sentimento de unidade ao paralisar por três horas as atividades do terminal Transpetro Alemoa, em Santos. Petroleiros diretos e terceirizados, com a presença dos sindicatos de petroleiros, metalúrgicos e construção civil, também deram o seu recado ao governo. Contra os cortes na educação, a reforma da previdência e a venda das refinarias.

E a tarefa colocada está mais do que anunciada: 14 de junho é dia de greve geral em defesa das aposentadorias!

Bolsonaro e o Ministro da Educação tentaram jogar os estudantes contra os trabalhadores, sugerindo que só há chance de revogar o corte de 30% na educação pública se a reforma da previdência for aprovada. Mas a resposta das ruas é categórica. A juventude sabe que não há escolha razoável diante desta ameaça, pois a futura geração de trabalhadores quer ensino público de qualidade, mas também se aposentar com dignidade.

Por isso, o 2º Ato em Defesa da Educação foi contra o corte na educação e contra a reforma da previdência. A Greve Geral de 14 de Junho promete, mais uma vez, ecoar pelas ruas da cidade o grito: unificou, é estudante junto com trabalhador!