Em dia de greve geral, ato em São Sebastião reúne mais de 200 pessoas no Tebar

É greve!

Se na Baixada Santista o ponto alto da greve geral desta sexta-feira (14) foram as ações dos petroleiros, no Litoral Norte não foi diferente. E o destaque ficou por conta do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, escolhido como ponto de encontro dos lutadores e lutadoras da região, reunindo em frente à unidade mais de 200 pessoas.

Após o ato no terminal, os manifestantes saíram em passeata pelas principais ruas da cidade, tendo como desfecho a balsa, onde fizeram a travessia até Ilha Bela. Professores e estudantes, servidores municipais de São Sebastião e Ubatuba, portuários e membros do Fórum dos Sindicatos do Litoral Norte engrossaram a manifestação.

A adesão à greve no terminal, que começou no corte de rendição à meia-noite, foi grande. Além de 100% do turno, os trabalhadores do regime administrativo e terceirizados tiveram adesão de aproximadamente 80%. Na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, o turno cortou a rendição e os únicos que entraram na unidade foram os supervisores.  Já no regime administrativo, a adesão foi de 60%. A concentração em frente à unidade também teve a participação de petroleiros terceirizados, chegando a reunir 300 pessoas.

Em alto mar, os petroleiros embarcados garantiram a incorporação à greve cortando a emissão de Permissão de Trabalho (PT) e paralisando a execução de serviços rotineiros. As plataformas atingidas pelo movimento foram a P-66, P-67, P-69, Mexilhão e Merluza.

Além de pautar a luta contra a reforma da previdência e os cortes na educação, a categoria também se mobilizou contra a entrega do pré-sal e a privatização da Petrobrás, denunciando a venda das refinarias e outros ativos estratégicos.

Em plena campanha reivindicatória, os petroleiros enfrentam uma dura queda de braço com a direção da empresa. Até o momento, a “oferta” é de reajuste zero no salário e uma série de retirada de direitos. Desmontando conquistas arrancadas ao longo de anos, a intenção é tornar a empresa ainda mais “adequada” e atrativa ao mercado internacional.