Petroleiros do Litoral Paulista participas de ato na Repar, vigília Lula Livre e protestos no Rio de Janeiro e Santos

66 anos da Petrobrás

Em um ônibus lotado, ainda na noite de quarta-feira (2), quarenta petroleiras e petroleiros do Litoral Paulista partiram rumo a Araucária, no Paraná, para participar do ato em defesa da soberania e contra a privatização, realizado em frente à refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). A atividade fez parte das mobilizações em comemoração ao aniversário de 66 anos da Petrobrás, celebrado neste 3 de outubro, quinta-feira.

O ato celebrou a criação da companhia e chamou atenção ao risco da perda da soberania nacional, ameaçada com o aumento da dependência do país por combustível importado e entrega de cerca de 75% do petróleo brasileiro a empresas estrangeiras, dentre outros ativos estratégicos vendidos a preço vil.

Após a mobilização, a caravana do Litoral Paulista e de outras partes do país se somaram à vigília Lula Livre, que desde a prisão política do ex-presidente Lula está acampada nas proximidades do prédio da Polícia Federal, em Curitiba.

O que antes já era evidente para a categoria petroleira, a partir das revelações da Vaza Jato deixou de ser dúvida para amplos setores da população. Os vazamentos de diálogos entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro, publicados pelo site The Intercept, revelam que o grande foco da operação era inviabilizar Lula como candidato ao pleito presidencial em 2018.

Com a prisão de Lula, o candidato da ultradireita, Jair Bolsonaro, tornou-se o principal nome à função, beneficiado por vazamentos à imprensa de telefonemas e depoimentos sigilosos, direcionados a abalar a campanha eleitoral, autorizados pelo juiz Sérgio Moro e liberados em momentos chave antes e durante as eleições, dando vantagem ao seu futuro patrão, Bolsonaro.

Sob o pretexto do justo combate à corrupção, do qual a Petrobrás foi vitima, a operação comandada por Sérgio Moro também contribuiu tragicamente para o desmonte da Petrobrás com a desvalorização proposital de seu valor de mercado e as milhares de demissões nas obras paralisadas e outras abortadas pela companhia. Tudo isso, sabemos, para prender Lula através de um processo hoje reconhecidamente político, seletivo e corrupto, pois se utilizou de meios ilegais para inviabilizar a candidatura do ex-presidente.

Por todos esses motivos, e por compreender se tratar de uma prisão sem provas, os petroleiros do Litoral Paulista que integraram a caravana celebraram o aniversário da Petrobrás com mobilização na Repar e solidariedade a Lula em Curitiba.

A Petrobrás faz parte da vida do brasileiro, gerando empregos diretos e indiretos, abastecendo postos, envasando gás de cozinha, levando combustíveis aos rincões do país, desenvolvendo tecnologias e energia à população.

Defender a Petrobrás é defender investimentos em educação, cultura, esportes, infraestrutura e desenvolvimento. Foi a empresa, que nos dois Planos de Aceleração do Crescimento (PAC), financiou 80% das obras, de termelétricas à construção de casas populares, pontes e estradas, a empresa está presente em todos os setores da sociedade.

Defender a Petrobrás é defender o Brasil!


Rio de Janeiro

Petroleiros do Litoral Paulista também participaram de um grande ato no Rio de Janeiro. Com o tema "Dia de luta e luto pelo Brasil" o protesto levou milhares de pessoas à frente do prédio da sede da Petrobrás. Neste ano, a estatal completa mais um ano em meio à política difamatória orquestrada pelo atual governo para facilitar o processo de desmonte que vem caminhando à passos largos. E mesmo sob tanto ataques a Petrobrás está entre as dez maiores empresas petrolíferas do mundo. Além da pauta das privatizações, a manifestação teve como tema os cortes na educação, o desemprego e a destruição da Amazônia. 

Santos
O Sindipetro-LP também esteve presente, na noite de ontem, no Grande Ato Unificado pela educação que aconteceu em frente à Estação Cidadania, em Santos. A manifestação fez parte de uma agenda nacional de greves convocada por entidades estudantis, movimentos sociais, sindicatos e associações de trabalhadores.