Rompimento de instrumento de vazão causa vazamento de petróleo no Tebar

Acidente

No último domingo (08) aconteceu um vazamento de petróleo no Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. O incidente, que durou 1 hora,  aconteceu após o rompimento do instrumento de vazão. O instrumento trabalha com 10 kg de pressão e fez com que o produto jorrase a uma distância de mais de 12 metros de altura atingindo todo o pátio de bombas do oleoduto chegando até o tanque 37.

O problema demorou a ser identificado em decorrência da redução do efetivo de operadores.  O processo se torna mais lento, pois não há petroleiros suficientes para atender uma área tão extensa. O Tebar é o maior terminal aquaviário da América Latina e conta com apenas um trabalhador para cobrir a Gleba A, C, D e utilidades.

Por sorte não aconteceu nada pior e ninguém ficou ferido graças ao vento que direcionou o jato de petróleo para dentro do terminal, mas sabemos que qualquer tipo de vazamento de hidrocarbonetos tem o perigo de contaminação ao meio ambiente e as pessoas, por ser um produto inflamável e tóxico.

Se o clima não tivesse ajudado as casas da Vila Amélia, bairro que fica no entorno do Tebar,  seriam atingidas. O evento foi tão grande que a gerência do Tebar disponibilizou um vale lavagem de carro para os donos dos veículos atingidos pelo produto.  Até o momento o que se sabe é que a empresa está fazendo a limpeza do local. A unidade ainda está com um forte cheiro de hidrocarbonetos e existem relatos que alguns petroleiros tiveram que realizar exames após a contenção do vazamento.

Apesar de não ter ocorrido qualquer consequência grave as fotos do vazamento foram parar nas redes sociais e isso se tornou motivos para que os gestores do terminal começarem uma verdadeira “caça as bruxas”. Os gerentes ameaçaram de demissão a equipe que fez o atendimento do evento, se caso, não dissessem quem tirou aquelas fotos. Um tremendo absurdo! Os gestores deveriam se preocupar com a segurança da unidade e não com picuinha de quem fez ou deixou de fazer. A conduta deles é que deveria ser passível de punição já que  que optam pela diminuição da segurança para reduzir o quadro de operadores e custos.

Os dirigentes do Sindipetro-LP vem denunciando exaustivamente a redução do efetivo dentro das unidades da Petrobrás e da Transpetro. Esse fato não é isolado e não será o último a acontecer por falta de trabalhadores dentro das unidades operacionais. Será que a gerência da empresa não vê que colocam a planta em risco tendo menos gente para operá-la?

O sindicato irá acompanhar de perto a apuração do acidente e irá cobrar a participação na comissão de investigação.