Petroleiros do Litoral Paulista aprovam condicionante da Petros

Por ampla maioria

Com casa cheia na sede (Santos) e subsede (São Sebastião) do Sindipetro-LP, a categoria petroleira do Litoral Paulista aprovou, nesta quarta-feira (22), a condicionante exigida pela Petros para implantar o Novo Plano Petros (NPP). Foram 421 votos a favor, 140 contra e 52 abstenções, incluindo as votações nas plataformas e entrada dos grupos de turno no período da tarde desta quarta. Envolvendo 613 participantes, o quórum mínimo exigido pelo Estatuto do Sindicato para realizar nova assembleia foi superado com folga.

A aprovação por ampla maioria expressa a compreensão de que o novo plano representa um remédio amargo, mas necessário, para estabilizar o plano e amenizar os pagamentos dos participantes nos próximos anos. Por isso, de maneira unitária as entidades sindicais formularam uma proposta que vai ao encontro do NPP. O principal objetivo, ao longo desses dois anos de debates e formulação de alternativas, sempre foi impedir que a vida financeira dos participantes e a própria Petros entrassem em colapso.

Apesar das divergências apresentadas na assembleia sobre a assinatura da condicionante, um consenso permanece: o déficit não é nossa responsabilidade e a Petrobrás - como patrocinadora - deve ser cobrada por suas dívidas com o fundo. O mesmo vale para os gestores da alta administração da Petros responsáveis por diversos investimentos prejudiciais. Tais consensos não são menores, pois servem de base para a manutenção da luta em defesa da Petros. Com a aprovação do NPP, além de salvar o plano e dar tranquilidade a diversos participantes que estavam apreensivos com um novo PED assassino, ganhamos tempo para que as ações de cobrança das dívidas e de ressarcimento dos maus investimentos possam ter sucesso.

Combinada à necessária luta contra a privatização da Petrobrás, a defesa da Petros segue sendo uma batalha estratégica para a categoria petroleira.