Gestores tocam o terror durante greve na UTGCA

Assédio e intimidação

A gerência da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, baixou o nível e tem feito de tudo para barrar a greve dos petroleiros. Prova disso, é o assédio moral que vem acontecendo de forma exponencial dentro e fora da unidade.

Na manhã desta sexta-feira (14) o supervisor da Tecnologia da Informação (TI) foi até a entrada da unidade para intimidar os trabalhadores do setor. Ele exigiu que os petroleiros comparecessem ao local de trabalho, em flagrante violação à lei de greve (7.783/09). O Art. 6º, § 2º, da referida lei versa que “É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento”.

O gestor foi tão abusado que não se intimidou com a presença do Sindicato. Os dirigentes do Sindipetro-LP tiveram que enfrentar o gerente para que ele parasse com aquela conduta. É nítido que os gestores da Petrobrás nunca respeitaram a lei de greve. Pelo contrário, além de não cumprirem a lei, utilizam-na para enfraquecer o movimento, ignorando a decisão coletiva do movimento que foi aprovada em assembleia e que segue todos os trâmites legais.

A coisa não para por aí

Outro absurdo aconteceu na noite de quinta-feira (13). Uma liderança da UTGCA passou um informe que os operadores, que estavam trabalhando havia 12h, não poderiam ir até o refeitório para jantar. O motivo do veto é que a comida seria destinada ao grupo de contingência, composto supervisores, coordenadores e engenheiros sem função gratificada, que ainda iria entrar na unidade. Vale lembrar, que esse grupo de trabalhadores estava em casa descansando e na teoria já estaria alimentado.

12 h pode ou não pode?

A Petrobrás vem batendo insistentemente na “tecla” que trabalhador do Sistema não pode ter jornada maior que 12h diárias e muito menos uma semana de trabalho sem folga. Eles usam essa prerrogativa para tentar implantar, de forma unilateral, a tabela de turno 3x2. Só que os gerentes provam na prática que o que falam não se escreve. Prova disso, é que chegou, através de denúncia, a informação que tem supervisor trabalhando uma semana sem folga de 24h. Tudo isso para poder suprir “as demandas” da unidade durante a greve. Um tremendo disparate!