Araubras, terceirizada da Alemoa, Pilões e Tebar, demite trabalhadores após calote da Transpetro

Má gestão da companhia

A empresa Araubras, prestadora de serviços técnicos industriais da Transpetro, informou nesta segunda-feira (9), em comunicado enviado a seus trabalhadores, que rescindiu o contrato com a empresa e por consequência, irá demitir todos os contratados que operam nos terminais Alemoa, Pilões e Tebar.

No Tebar, os motoristas demitidos pela terceirizada deixaram os carros da empresa no terminal e foram para casa. O transporte dos petroleiros do administrativo foram cancelados para viagens e a operação no terminal ficou sem apoio para transporte de amostras e de pessoas.

De acordo com a nota, os trabalhadores terão seus contratos rescindidos, devido a “desequilíbrio econômico e financeiro e inadimplência superior a 90 dias por parte da Transpetro”. A nota diz ainda que a Araubras tentou por diversas vezes que a Transpetro efetuasse o pagamento e mantivesse o contrato, mas sem sucesso. O contrato assinado com a Transpetro permite rescisão e contrato por inadimplência superior a 90 dias, como é o caso.

Até o momento, a Transpetro não se pronunciou como substituirá os serviços suspensos com a rescisão do contrato. É fato que a Transpetro assinou contrato tampão com a Araubras mesmo sabendo que seria inexequível, dado os valores rebaixados do documento, que só poderia ser aplicado caso a empresa deixasse de pagar benefícios, como periculosidade, reduzindo salários, não pagando vale alimentação, precarizando ainda mais as condições do trabalhador terceirizado, que contrato após contrato perde mais e mais direitos. A Araubras vinha apresentando problemas nos contratos com a Transpetro e no ano passado chegou a demitir trabalhadores que tinham mais dependentes, pois “encareciam” os custos com convênio médico

Os executivos da Transpetro colocam os riscos nas costas dos trabalhadores, pois sabem que não haverá punição aos maus gestores e que serão poupados e até recompensados pela “economia” que geraram para a empresa.

 Mais uma vez o prejuízo recaiu sobre os trabalhadores, que estão à mercê de um projeto econômico e de governo que não beneficia o pobre, mas os empresários e permite a exploração da mão de obra.

O Sindipetro-LP está acompanhando o caso em mais uma situação que causa prejuízos para a empresa, beneficia maus gestores e pune os trabalhadores, que são a parte mais sensível a essa lógica nefasta de administração de uma estatal.