FNP denuncia: Petrobrás quer contratar terceirizada para gerenciar AMS

Terceirização da Saúde


A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) recebeu denúncia de que a Petrobrás pretende votar ainda neste mês a mudança administrativa da AMS, passando a gestão do plano de saúde dos petroleiros para uma empresa terceirizada.

A mudança irá impactar todos os participantes com aumento de custos e precarização dos serviços prestados pela AMS. Além de gerar custos adicionais aos petroleiros, uma gestão terceirizada não terá nenhum compromisso com os beneficiários do plano. Para a FNP, é inadmissível qualquer alteração na AMS sem antes passar, necessariamente, por discussão com os participantes do plano, que financiam 30% desse benefício.

O Acordo Coletivo (ACT), assinado entre trabalhadores e empresa em novembro de 2019, garantia a criação de uma comissão, composta por representantes dos trabalhadores e da empresa, para que faça gestão dos custos e qualidade da AMS. Porém, somente após a FNP ter oficializado pedido para definir a comissão da AMS, a empresa chamou os sindicatos para reunião no próximo dia 31.

No entanto, de acordo com informações obtidas pela federação, já está programada para os próximos dias a criação de uma fundação e as negociações com a empresa terceirizada para administrar esse fundo. Com isso, há indícios de interesses escusos, tendo em vista que na última apresentação feita pela AMS o plano havia baixado custos, refeito contratos e melhorado a qualidade da assistência prestada.

Em que pese a FNP vir cobrando costumeiramente melhoras, como habilitação de novos credenciados e no atendimento ao participante, fazer qualquer alteração na administração do plano AMS nesse momento em que há uma pandemia no mundo e que novas discussões sobre a importância para a saúde e para os estados são travadas, e não apenas a estatização do sistema de saúde, é, no mínimo, contraditória a decisão dos executivos da Petrobrás.

A FNP espera e fará valer o direito dos participantes da AMS, para que o Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da Petrobrás abra espaço para os trabalhadores participarem de qualquer alteração no plano de saúde da categoria.