26 funcionários da Petrobrás que atuavam em Urucu apresentaram sintomas do novo coronavírus

Amazonas

Em meio ao risco de contaminação pelo novo coronavírus profissionais considerados essenciais pela Petrobrás, que atuam na área de extração e produção de gás natural na Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, se deparam à necessidade de serem levados ao isolamento, longe das famílias, em um andar do hotel Taj Mahal, em Manaus, caso apresentem sintomas. Em meio a pandemia Petrobras anuncia venda do campo de petróleo Papa-terra na Bacia de Campos, RJ.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro Amazônia), representante dos estados do Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá, 26 funcionários da Petrobrás que atuavam em Urucu e apresentaram sintomas do novo coronavírus foram levados para Manaus.

Dos quais cinco funcionários foram diagnosticados contaminados com o novo coronavírus, desses, um funcionário está entubado em um hospital particular, enquanto os outros esperam resultados dos testes.

Para o Sindipetro há negligência por parte da Petrobrás, que inicialmente disponibilizou aos funcionários um hotel de baixa qualidade em Manaus, além de não ter prestado assistência aos que desembarcaram com sintomas do coronavírus os isolando dos demais.

“Infelizmente a Petrobrás não tomou as devidas medidas a tempo e agora estamos vivenciando um surto de casos. Já foram desembarcados dezenas de trabalhadores que agora estão confinados no hotel na capital amazonense. A direção da empresa tem dificultado o acesso do sindicato às informações, portanto resolvemos levar essa denúncia à mídia e aos órgãos públicos para que haja algum tipo de intervenção nessa situação dramática”, afirmou o Sindipetro Manaus.

A fim de evitar o contágio e disseminação do novo coronavírus, a escala de trabalho em Urucu, que antes era em regime de 14×21 dias, foi ajustada para ter mais sete dias de quarentena em hotel antes do embarque. De acordo com o Sindipetro, esses sete dias funcionam como uma espécie de quarentena prévia ao embarque para o local de trabalho, que são seguidos de 21 um dias trabalhando e 14 dias de folga.

Apesar disso, o sindicato questiona sobre a falta de testes no embarque e desembarque dos petroleiros, a omissão por parte da Petrobras ao sindicato referente aos números de casos suspeitos e confirmados e, possíveis reduções salariais por parte da estatal.

Medidas implementadas pela Petrobras em combate ao coronavírus

Fonte: Click Petróleo e Gás