Leilões da rodada de oferta permanente estão mantidos para o segundo semestre

Petróleo

Após decisão do governo de manter leilões dos campos Atapu e Sépia do pré-sal da Bacia de Santos para junho de 2021, outro processo licitatório de campos de petróleo está com calendário mantido no Brasil, mesmo com a crise da Covid-19. O leilão da rodada de oferta permanente de blocos petrolíferos deve ocorrer no segundo semestre de 2020, conforme previsto anteriormente.

A informação foi dada nesta quinta-feira, 23 de abril, pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em coletiva de imprensa. A decisão vem do interesse de empresas do setor em participar da rodada de oferta permanente de blocos de petróleo no país.

“No que diz respeito aos leilões, essa crise fez com que adiássemos os leilões da 7ª e da 17ª rodada [de leilão de blocos de petróleo]. Estamos mantendo o da oferta permanente para o segundo semestre tendo em vista que agentes do setor manifestaram interesse para que ele fosse realizado”, informou o ministro do MME.

De acordo com a ANP, o processo de oferta permanente consiste na oferta contínua de campos devolvidos (ou em processo de devolução) e blocos exploratórios ofertados em licitações anteriores e não arrematados ou devolvidos à agência.

Em virtude da pandemia e a desaceleração econômica, agravada no setor de petróleo pela guerra de preços desencadeada por Rússia e Arábia Saudita, o governo decidiu adiar outros leilões e, segundo o ministro, ainda não há uma previsão para quando sejam retomados.

“Estamos nos preparando para a retomada, vamos retomar os leilões, só não posso dizer quando eles serão retomados”, disse Bento.

Investimentos de petróleo e gás no Brasil em meio a pandemia

De acordo com Bento Albuquerque, a Petrobrás já anunciou o adiamento de alguns contratos, porém outras empresas mencionaram o interesse de manter os investimentos, uma vez que os projetos no setor de petróleo são de longo prazo.

“Já tivemos notícias também que alguns outros agentes do setor de petróleo vão manter os investimentos que estavam previstos, até porque os investimentos em petróleo e gás são de longo prazo. Isso é estudado caso a caso”, destacou.

Fonte: Click Petróleo e Gás