25 anos: Greve petroleira de 95 barrou privataria tucana na Petrobrás

Luta histórica

Vinte e cinco anos atrás, no dia 3 de maio de 1995, começava a maior e mais importante greve da história da categoria petroleira. Uma greve que começaria pelo descumprimento por FHC de um acordo econômico da categoria com Itamar Franco, então presidente em 1994, e terminaria como o símbolo da luta contra a privatização e a imposição do plano neoliberal sobre a maior empresa do país. Suspensões, demissões, ocupação do Exército em diversas refinarias, multas milionárias da Justiça e demonização do movimento pela grande imprensa.

Foi uma luta dura, uma das poucas travadas pela classe trabalhadora brasileira na década de 1990. Vinte e cinco anos depois, não há dúvidas, entre todos aqueles que a construíram e aqueles que hoje estão na companhia graças àqueles lutadores, de que sem essa greve a Petrobrás já teria sido vendida e o pré-sal não teria sido descoberto por uma empresa genuinamente brasileira. A greve de 1995 ergueu uma muralha contra a privatização!

Muralha que nunca foi atacada com tanta força e violência quanto no atual desgoverno Bolsonaro. Repetindo e aprofundando os piores métodos de FHC contra a greve de 1995, Bolsonaro e o seu indicado para comandar a empresa, Roberto Castello Branco, tentam impor um clima de assédio e autoritarismo, cortam direitos e salários, descumprem acordos e promovem demissões políticas para desarticular a resistência da categoria. Por isso, 1995 é nossa inspiração pra resistir e barrar o projeto antinação e antipovo de Jair Bolsonaro e Castello Branco.

Para o Sindipetro-LP, cuja base barrou a ocupação do exército na RPBC e foi a última a suspender a greve de 1995, após 33 dias de braços cruzados, não há dúvidas de que os petroleiros e petroleiras têm história e disposição de luta para resistir!