Gestores do Edisa negligenciam ações de triagem e testagem rápida na força de trabalho

Absurdo!

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista vem recebendo inúmeras denúncias e reclamações, no decorrer das últimas semanas, de que as gerências da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS) estão em uma espécie de “crise interna”  de responsabilidade entre elas. 

As reclamações dão conta de que no Edisa Valongo, sede do Pré- Sal no Estado de São Paulo, até hoje não adotou nenhuma medida de controle e testagem nos trabalhadores próprios e terceirizados como forma de combate e prevenção  à contaminação por Covid-19. 

As ações necessárias e importantíssimas como a triagem inicial por meio de termômetro e os testes rápidos (imprescindíveis) estão sendo negligenciadas pelas gerências responsáveis pela unidade.  Até hoje, e mesmo diante do número crescente de mortes pela doença no município, no Estado e no país, e com um surto interno da doença na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, a gerência do Edisa vem fechando os olhos dissimuladamente para a realização dos testes rápidos na entrada dos turnos (coi, vigilância própria e terceirizada, bombeiros, manutenção e automação entre outros) e na entrada dos trabalhadores que laboram em horários administrativos, tais como a limpeza, recepção, enfermagem e TIC. A prática deveria ter sido implantada há meses quando foi decretado o isolamento no Estado de São Paulo.

A situção não para por ái. Os dirigentes do Sindipetro têm também recebido denúncias de funcionários com sintomas, mas que continuam trabalhando. Para ter ideia da gravidade do que vem ocorrendo dentro da unidade uma funcionária por apresentar características de ser portadora da Covid, foi convocada para fazer o PCR no período da tarde, mas no decorrer da manhã continuou trabalhando normalmente. Outra petroleira, do mesmo setor, estava muito doente, mas continuou exercendo suas atividades e sem realizar nenhum teste de detccção sob o argumento que estava com uma simples rinite. A gerência do setor não se opos a isso, mesmo que essa conduta significasse contaminar  os demais funcionários.

Um petroleiro tercerizado fez o teste do PCR, mas ao invés de estar em casa, até sair o resultado, foi visto usando o banheiro do prédio. No prédio existem casos de petroleiros (as) terceirizados (as) que estiveram em contato com trabalhadores diagnosticados com coronavírus, mas que não foram liberados para ficar em quaretena. Afinal de contas, o que está acontecendo com as gerências da Petrobras na Baixada Santista?  

Podemos concluir que, ou tem alguma gerência que não sabe o que está fazendo no cargo que ocupa, ou está com um profundo medo de tomar decisões simples e responsáveis para proteção dos trabalhadores essenciais.  E, em qualquer dos dois casos, se de fato estiver ocorrendo essa “crise” interna entre os gestores locais,  talvez esteja mais que na hora do  Gestor da Unidade tomar a frente dos trabalhos e direcionar outras pessoas para a função gerencial para que de fato,  adote ações rápidas para o cumprimento total dos protocolos   nacionais, estaduais e municipais de combate à pandemia.

A categoria petroleira não aceitará mais nenhuma conduta pautada em negligência, imperícia ou imprudência no Sistema Petrobrás na região.  Já não basta o amadorismo na condução dos trabalhos de prevenção e combate à pandemia adotados na RPBC. A tolerância para atos que atentem contra à proteção da saúde dos trabalhadores é nula, e serão devidamente denunciados às autoridades.

Chega de óbitos

O Sindipetro-LP fiscalizará de perto as ações na UO-BS em relação ao enfrentamento à pandemia,  e denunciará toda e qualquer omissão ou ação que não esteja devidamente amparada pelos protocolos de saúde.