Atraso em voos causa aglomeração de trabalhadores no aeroporto de Jacarepaguá

Saúde em risco

O Brasil contabiliza, até o momento, 74.133 mortos pelo coronavírus, mas nem isso afeta a conduta genocida dos gestores da Petrobrás. Na manhã desta quarta-feira (15) trabalhadores das plataformas ficaram aglomerados no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, devido ao acumulo de voos cancelados na manhã de ontem (14). Os atrasos aconteceram por conta do mau tempo. Um tremendo absurdo! O governo do Estado do Rio de Janeiro preconiza um distanciamento de, no mínimo, 1,5m, mas nem isso foi organizado.

Os dirigentes do Sindipetro-LP, que estavam no local realizando trabalho de base, conversaram com o setor de segurança do aeroporto para que entrassem em contato com a Controladoria de Voo que não opera em Jacarepaguá. O Sindicato exige que os responsáveis pelo setor definam, conjuntamente com a Infraero, a capacidade do aeroporto em dias de chuva durante a pandemia e salienta que existem formas variadas para solucionar o problema. Podemos citar como exemplo a alternância de horário nos voos e transporte dos trabalhadores, que é feito por vans e ônibus, assim evitaria aglomerações. As soluções existem, mas a principal delas é boa vontade por parte dos gestores da empresa.

Conduta seletiva
Durante a última greve, realizada no mês de fevereiro, a empresa encaminhou os trabalhadores para várias áreas de embarque privadas das companhias para que eles não tivessem contato com os diretores do Sindicato. Na atual situação, onde pessoas aglomeradas multiplicam o risco de contaminação por Covid-19, não houve a menor disposição dos representantes da Petrobrás em remanejar a força de trabalho. Tal atitude, demonstra de forma muito clara, que a Petrobrás continua a perpetuar a política negacionista do atual governo e que não se importa em “sujar as mãos” com mais mortes. Tal conduta mais parece um plano maquiavélico para que a força de trabalho se contamine, assim como, sugerido pelo presidente Jair Bolsonaro que defende a imunidade de rebanho, ou seja, quanto maior o número de infectados pelo coronavírus, mais pessoas se tornariam resistente ao vírus. Nossas vidas têm valor!