Por falta de organização, petroleiros embarcados ficam sem almoço

P-68 e P-70

A cada dia que passa novos problemas surgem para os trabalhadores embarcados da base do Litoral Paulista. Dessa vez, os petroleiros da P-68 e P-70 é que estão no “olho do furacão”. Eles têm ficado sem refeição graças aos voos marcados próximos ao fim do horário do almoço nas plataformas.

O que ocorre é que em Jacarepaguá a tripulação dos helicópteros faz o intervalo do almoço das 11h às 12h e com isso, os trabalhadores que vão embarcar ficam esperando e acaba não dando tempo para almoçarem nas unidades. Para piorar a situação, já teve caso de trabalhador que pediu comida no restaurante do saguão do aeroporto, mas ao ser chamado para voo não conseguiu comer.

O problema existe faz algum tempo, mas se tornou mais frequente durante a pandemia porque graças ao isolamento social não existe mais controlador de voo da Petrobrás no local. Atualmente o serviço vem sendo feito por Macaé.

Em Jacarepaguá, o profissional fazia monitoramento e informava a força de trabalho sobre os atrasos nos embarques e assim todos conseguiam se organizar para fazer as refeições. Com o fim do monitoramento muitos, quando chegam nas plataformas, têm comido biscoito para tentar “matar” a fome até a próxima refeição. Um claro caso de falta de organização e descaso com os petroleiros.

A história se repete

A falta de alimento para os trabalhadores das plataformas não é uma novidade no Litoral Paulista. No mês de junho denunciamos, através de matéria, a situação dos petroleiros da P-67. O geplat (gerente de plataforma) resolveu negar comida para os trabalhadores. Ele proibiu os trabalhadores dos regimes de turno de se alimentar no refeitório durante a jornada de trabalho. Com isso, cada um que teve que se virar para enganar a fome com água, bolacha e banana, únicos itens disponíveis nas demais áreas da plataforma.

O Sindipetro-LP repudia veemente essa conduta da empresa em sempre botar na conta dos trabalhadores os erros por má gestão. Qual a parte que eles ainda não entenderam que saco vazio não fica em pé?

Os diretores do Sindicato têm acompanhado de perto os problemas relacionados à força de trabalho das plataformas. Prova disso, foi a denúncia sobre a aglomeração dos trabalhadores no saguão do aeroporto em decorrência dos atrasos dos voos por conta do mau tempo. A empresa tratou de resolver o problema e encontrou outros locais para embarque. Além disso, também disponibilizou álcool gel para os petroleiros. É este exemplo de atuação sindical que estamos aplicando também para preparar os petroleiros para uma luta que já está em curso – a defesa dos nossos direitos.