Nova proposta da Petrobrás congela salários por um ano e aprofunda retirada de direitos

FNP indica rejeição

Nesta terça-feira (25), a diretoria da FNP realizou reunião com as lideranças dos sindicatos para tratar da nova proposta apresentada pela Petrobrás para o acordo coletivo da categoria. Para falar sobre os ataques contidos nesta nova proposta, hoje, às 19h, os coordenadores dos cinco sindicatos da FNP estarão reunidos em uma Live onde apresentarão suas argumentações pela rejeição da proposta. A live será transmitida pelo youtube facebook da FNP e do Sindipetro-LP.

Para a FNP, a rejeição da proposta e prorrogação do ACT vigente continua sendo a melhor alternativa para a categoria, que diante da pandemia vê sua representação prejudicada, sem poder dialogar com os trabalhadores em teletrabalho, os afastados por serem dos grupos de riscos e sem poder reunir os aposentados, que do contrário acumularão perdas incalculáveis do poder econômico. A gestão Castello Branco segue rebaixando os salários da categoria e se no último ACT ficamos com 70% do INPC, desta vez a empresa piora a situação e congela por um ano os salários, sem reajuste da inflação de 2020, apresentando um aumento pelo INPC somente em setembro de 2021.

Outra proposta que deve ser retirada de discussão é a alteração da contribuição à AMS, dos atuais 70x30, para 60x40, como sugere a empresa. A empresa propõe manter no acordo coletivo a recomendação da Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que estabelece prazo para custeio da AMS no fator 50x50, mesmo que a resolução seja revogada no futuro pelos poderes executivo e legislativo. Vale lembrar que os efeitos da Resolução 23 estão suspensos por liminar desde 2018, porém a gestão entreguista no comando da empresa pretende aplicar a recomendação do CGPAR, que visa abrir espaço para a privatização das estatais.

Para a diretoria do Sindipetro-LP, a categoria deve ser firme e rejeitar a proposta, uma vez que há espaço para avançarmos em defesa da pauta que pede a prorrogação do acordo coletivo por mais um ano, que já foi aprovada pela categoria e apresentada para a empresa.  

Apresentar uma proposta que congela os salários por um ano e retira direitos é mais uma afronta ao esforço que a categoria petroleira tem feito, não apenas mantendo a produção em meio a pandemia, mas aumentando a carga nas refinarias, para suprir as demandas do mercado. Em meio a todos os ataques, desmobilização de prédios e transferências compulsórias, os petroleiros continuam contribuindo para os resultados positivos da empresa. Enquanto isso, a alta cúpula da empresa segue premiando a si mesmo, ao mesmo tempo em que pede sacrifícios dos trabalhadores que realmente fazem a roda girar.

Seguimos firmes na palavra de ordem da categoria petroleira para este ACT e a nova proposta apresentada pela Petrobrás só aumenta a retirada de direitos. Por tudo isso: basta de perdas!

Merecemos mais!