Petroleiros do Litoral Paulista autorizam assinatura de acordo coletivo com a Petrobrás

Acordo será assinado nesta quarta

Os petroleiros do Litoral Paulista decidiram, após realizar assembleias em todas as unidades operacionais, aprovar a autorização do sindicato para a assinatura do acordo coletivo de trabalho (ACT) apresentado pela Petrobrás. A última assembleia aconteceu na segunda-feira (12), na UTGCA, em Caraguatatuba.

Com essa decisão, o próximo passo será assinar o acordo coletivo com a Petrobrás, o que será realizado nesta quarta-feira (14). Com a assinatura do acordo, os direitos retroagem ao dia 1º de setembro e todos os descontos realizados pela Petrobrás no período deverão ser ressarcidos nos próximos pagamentos. Importante que os trabalhadores observem a devolução dos descontos feitos após o dia 15 de setembro, para que em caso de descumprimento por parte dos gestores da Petrobrás possamos tomar as medidas necessárias para que se cumpra o que é nosso direito.

No total, 1802 petroleiros votaram por meio de assembleias presenciais nas bases operacionais em terra e plataforma (556); pelo site, aos não sócios (780); aposentados e pensionistas, por meio de call center (166); por aplicativo (299); e por e-mail (1). Desses, 1657 votaram pela autorização, 115 votaram contra a assinatura e 42 se abstiveram.

*A FNP nunca se furtou de lutar e usou todos os meios necessários para que não houvesse nenhuma perda sem nenhum tipo de luta, mas infelizmente não obtivemos sucesso em nossas estratégias judiciais e políticas e seria temerário dar outros passos sozinhos, tendo em vista que boa parte da categoria já havia aceitado o acordo coletivo.

Mesmo tendo uma participação significativa nas votações pelas plataformas que disponibilizamos, os aposentados e pensionistas foram prejudicados por esse acordo coletivo, e sequer puderam participar da decisão, pois muitos não têm acesso a mídias digitais, sendo esse um dos argumentos da FNP ao pedir prorrogação do acordo coletivo, negado pela empresa. Esse foi um acordo empurrado goela abaixo do trabalhador, imposto pela empresa, onde há perdas significativas para a categoria. Inclusive perdas que transferem o passivo de R$ 700 milhões, em janeiro de 2022, aos trabalhadores, o que facilita ainda mais a privatização.

Não baixemos a cabeça, às vezes é preciso dar um passo atrás para depois dar dois à frente. Continuemos firmes e organizados para outras lutas que virão e que deveremos estar preparados, defendendo a dignidade do emprego e a Petrobrás da privatização.*

Basta de perdas!
Merecemos mais!