Nova empresa deverá absorver trabalhadores prejudicados por rescisão da Petrobrás com a Benge

A luta muda a vida


O diretor do Sindipetro-LP, Fabio Mello, descreveu apropriadamente o que se tornou a refinaria de Cubatão, e a Petrobrás, no geral, depois que a lei da terceirização tirou a responsabilidade das empresas contratantes com o destino dos trabalhadores terceirizadas: a RPBC está se tornando um cemitério de empreiteiras.

Os trabalhadores da Benge, empresa que teve seu contrato rescindido pela Petrobrás por não estar entregando o trabalho que devia realizar na refinaria, se reuniram nesta quinta-feira (21) na portaria 10 para saber qual será o desfecho de mais uma história de omissão no Sistema Petrobrás.

Graças as mobilizações realizadas pelos trabalhadores ao longo dos últimos anos por problemas semelhantes, com atuação dos sindicatos dos Petroleiros, metalúrgicos e Comissão dos Desempregados, a empresa que será contratada para substituir a Benge será orientada a absorver se não todos, mas a maioria dos terceirizados que foram prejudicados pela rescisão de contrato feito pela Petrobrás.

Para que isso aconteça, caberá aos sindicatos, e principalmente aos trabalhadores fiscalizarem as contratações que acontecerão via PAT.

A responsabilidade da Petrobrás em contratar empresas incompetente é incontestável. Sem critérios que impeçam a contratação de terceirizadas sem lastro financeiro mínimo para garantir a rescisão de seus empregados, situações como a que acontece agora com a Benge serão cada vez mais comuns. No entanto, sempre que for preciso, não deixaremos de lembra-los que os trabalhadores do polo petroquímico de Cubatão são conscientes de sua importância e sabem lutar por seus direitos.

O sindicato dos metalúrgicos e seu jurídico se reunirão com a Benge na próxima semana para cobrar a rescisão dos trabalhadores e se for preciso entrar com ação para arrestar os valores retidos na Petrobrás para pagamento desses companheiros.

Estamos na luta e sempre mobilizados!