Sindipetro-LP emite nota em solidariedade aos policiais penais demitidos por adesão a greve em 2014

Perseguição política

O Sindipetro-LP se manifesta em solidariedade aos cinco policiais penais demitidos pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) por terem participado da greve da categoria, em Iperó, interior de São Paulo, em 2014. A decisão foi publicada no Diário Oficial na terça-feira (19). Os agentes sofriam processos administrativos (PADs) desde as manifestações.

De acordo com a SIFUSPESP e o SINDASP-SP, sindicatos da categoria, os jurídicos das entidades foram acionados para recorrer da decisão da SAP. O presidente do SINDASP-SP, Valdir Branquinho, destaca que os sindicatos estão em contato com os policiais penais alvo das penalidades para auxiliar com todas as medidas jurídicas cabíveis e quaisquer outras demandas. “Alguns deles estavam prestes a se aposentar, com mais de 20 anos de sistema, e nós vamos lutar na Justiça até que todos sejam reintegrados ao trabalho”, explicou.

A decisão desmedida da SAP tem como objetivo intimidar os demais servidores do sistema prisional, mesmo aqueles que não integraram a greve em 2014. Agentes de outras unidades sofrem as mesmas perseguições políticas que acontecem em Iperó. É o caso de um agente do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba, participante do Fórum Sindical do Litoral Norte, que passa por um PAD que pede sua exoneração por motivos similares aos dos agentes de Iperó.

Para o Sindipetro-LP, os processos administrativos e punições são modalidades de perseguição política de governos autoritários a trabalhadores que não aceitam retirada de direitos e assédio. Assim como a Secretaria de Administração Penitenciária, órgão do governo estadual de São Paulo, os trabalhadores petroleiros engajados no movimento sindical ou em atos chamados pelos sindicatos muitas vezes se tornam alvos na Petrobrás, sofrendo também punições, mudanças compulsórias do regime de trabalho e até mesmo sendo demitidos.

Diferente do que pretendem, que é amedrontar e inibir adesão aos protestos e movimento paredista, os trabalhadores tendem a se revoltar contra as injustiças cometidas e aderem com vontade em levantes em defesa de seus colegas.

Mais do que nunca, este é o momento em que a categoria deve demonstrar união e solidariedade aos companheiros enquanto os sindicatos e jurídicos agem para defender os trabalhadores punidos injustamente.

Com informações do SIFUSPESP