Sindipetro-LP recebe grupo de aposentados para esclarecimentos sobre descontos do Benefício Farmácia

União da categoria

Na terça-feira (9) um grupo formado por cerca de 30 petroleiros e petroleiras aposentados esteve na sede do sindicato, em Santos, para cobrar esclarecimentos sobre os descontos abusivo feitos no pagamento do dia 25 de janeiro, que comprometeu a receita de boa parte dos assistidos.

Convidados a participar de uma roda de conversa com a diretoria do sindicato no auditório, depois de explanarem sobre seus problemas financeiros causados pelos descontos, os diretores presentes puderam explicar as ações tomadas assim que as notícias de descontos abusivos começaram a chegar no sindicato.

Graças a ação dos sindicatos da FNP, que se reuniram com o RH três vezes, a empresa reconheceu o erro e se comprometeu a devolver 100% do que foi descontado em janeiro, começando com 60% no dia 10 de fevereiro e os outros 40% até no máximo o dia 10 de março. Esse valor deverá ser pago futuramente, mas antes a empresa enviará relatório das dívidas que cada contribuinte tem com o Benefício Farmácia para só então negociar a forma de pagamento dos valores represados.

É fato que o acordo coletivo assinado no final do ano passado apresentava muitos ataques, principalmente com relação à AMS, o que foi amplamente apresentado pela diretoria do sindicato como principal motivo para rejeitar a proposta da empresa. Foram dezenas de textos, boletins físicos e eletrônicos, postagens nas redes sociais do sindicato (em grupos de Whatsapp, Facebook, Instagram) e “lives” em que o tema recorrente eram os ataques à AMS, contidos na proposta da empresa.

Tantos foram os argumentos contra a proposta de ACT da empresa, que a categoria das bases da FNP rejeitou o acordo. No entanto, com o indicativo da FUP pela aceitação, suas bases aprovaram a proposta da empresa.

Com apenas cinco sindicatos rejeitando a proposta de ACT, a categoria passou a ser assediada pela empresa, que se valendo do fim da ultratividade, princípio que garantia a validade do Acordo Coletivo de Trabalho, mesmo depois do fim da sua vigência e que foi enterrada pela reforma trabalhista, ameaçou retirar todos os direitos da categoria, fazendo valer o que está na CLT. Diante do risco de ver cancelados todos os benefícios de nosso acordo coletivo, incluindo AMS, auxílio educacional, entre outros, sem os quais a vida dos petroleiros se tornaria muito mais difícil, a categoria optou por aprovar a proposta da empresa.

Mesmo assinando um ACT ruim, o que foi assinado jamais previu ou aprovou os descontos abusivos feitos pela Petrobrás no início do ano, tanto que a empresa irá ressarcir e negociar os descontos de outra forma.

Cabe aqui culpar a gestão bolsonarista no comando da Petrobrás, que se aproveitou do momento de pandemia para impor sua pauta e se recusou a atender o pedido da categoria por prorrogar o acordo coletivo por um ano, ou esperar pelo fim da pandemia para voltar a discutir o ACT.

Após as explicações da diretoria, o grupo propôs algumas ações que serão colocadas em prática em breve. Dentre elas, a realização de uma reunião ampliada, com os trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas, para discutir formas de se construir a resistência em defesa da AMS e chamar um ato, em que se espera adesão nacional, com caravanas partindo de todo o Brasil, para protesto em frente ao Edise, no Rio de Janeiro.

O Sindipetro-LP é a casa do trabalhador e mantém as portas sempre abertas para recebê-los, unindo forças para defender os direitos da categoria e em defesa da Petrobrás.