Gata da UMPA (flotel) da P-66 suspende intervalo de lanches por hora na fila de refeição

Tudo errado!

A máquina opressiva dos atuais gestores da Petrobrás não para jamais! A Diretoria do Sindipetro-LP vem denunciando sistematicamente as condições precárias dos terceirizados nas bases do Litoral Paulista, mas ao que tudo indica a situação está piorando a cada dia ao invés de melhorar. O Sindicato recebeu denúncia sobre uma contratada da UMPA (Flotel) que está acoplada a P-66. Os trabalhadores terceirizados foram proibidos de ter intervalo para o lanche da manhã e da tarde.

Tal despautério foi instituído graças a um acordo “empurrado goela abaixo" da força de trabalho que em troca do intervalo do lanche foram oferecidos 30 minutos a mais no horário de almoço. A troca até seria justa se os petroleiros terceirizados não usassem esse período em pé na fila do restaurante aguardando as refeições. Segundo informações, esses profissionais, na sua grande maioria trabalhadores braçais, depois que atravessam a ponte que dá acesso à plataforma, no período da manhã, só têm permissão para retornar no intervalo de almoço, onde acabam tendo que enfrentar filas gigantescas, pois o local conta com equipes de restaurante também bastante reduzidas para dar conta de todo o trabalho, por causa da pandemia e dos protocolos de higienização E nesse imbróglio todo, a força de trabalho acaba tendo tempo apenas para engolir o alimento. É a escravidão de volta, literalmente, aos navios.

No período da tarde o problema persiste já que o horário de lanche também não é respeitado e os trabalhadores ficam literalmente “a ver navios”. A conta de trabalhar muito e comer pouco ‘não fecha” e atrelado a isso, ainda tem a escala absurda de 21x21 dias. O alimento é o combustível do corpo e sem ele, principalmente os trabalhadores braçais e em atividades intensas, podem sofrer de hipoglicemia (pouca glicose no sangue), que pode gerar mal súbito e acarretar até acidentes já que esses petroleiros trabalham muitas vezes em altura e sobre o mar.

Enquanto esses absurdos acontecem, os gestores (ir)responsáveis por esses contratos se fartam, com suas individualidades, pensando “no próprio umbigo” e fazendo de conta que nada está acontecendo. O intuito, como sempre, é lucrar e agradar a atual gestão bolsonarista da Petrobrás garantindo assim, privilégios, pois certamente estão de “barriga bem cheia e com o chicote na mão”.

Até quando esse tipo de situação irá existir no Sistema Petrobrás? As chefias esquecem que são trabalhadores assim como os terceirizados. Apesar de fazerem parte de classes diferentes todos estão no mesmo barco literalmente e que se continuarem assim também irão naufragar no mar da omissão e opressão que hoje navegam.