Gestores da RPBC punem e assediam trabalhadores para tentar boicotar luta contra terceirização da unidade

Absurdo!

A Diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista recebeu a denúncia de que na manhã de ontem (24) gestores, gerentes e supervisores foram até às CCls para promover um verdadeiro show de assedio moral atrelado à boa e velha prática de política antissindical.

O fato ocorreu após uma setorial realizada, na manhã de ontem (24), com os trabalhadores e trabalhadoras do G-3 da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e UTE-EZR, em Cubatão. A pauta em questão foi a terceirização dos postos de trabalho da ETA, ETDI, laboratório e segurança.

Todos os trabalhadores que participaram da conversa foram punidos com advertência verbal. Além disso, receberam o aviso que se participassem de qualquer atraso ou manifestação na portaria da unidade a punição seria por escrito e que se persistissem na conduta a situação ficaria ainda pior. Um tremendo show de horrores!

Tal atitude é uma demonstração clara do nível de desespero e despreparo da gestão da RPBC. As setoriais são preconizadas no nosso Estatuto Social e essa pratica vem sendo utilizada desde a fundação da nossa Entidade. Os gestores da refinaria vêm seguindo à risca o “beabá” da cartilha do atual governo e tentam impor na marra decisões lesivas à força de trabalho utilizando a repressão como arma para barrar a organização dos trabalhadores. A pratica de punição através de advertência verbal orquestrada pela chefia da RPBC configura dano moral coletivo que será denunciado ao Ministério Publico do Trabalho (MPT).

 A ditadura acabou na década de 80, mas ao que tudo indica estão querendo implementar novamente esse tipo de regime na RPBC.

Não é de hoje que os gestores fazem uso de práticas antissindicais e danos morais coletivos para intimidar a força de trabalho.  O episódio mais recente desse tipo de conduta foi deliberação, orquestrada pela gestão executiva, que obrigou os trabalhadores de cargo de confiança a se desfilarem das entidades sindicais. Os petroleiros que recusaram seguir a ordem foram destituídos dos cargos em uma verdadeira e explicita pratica antissindical coletiva.

É importante destacar que Brasil é signatário das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que asseguram o direito a livre organização dos trabalhadores no local de trabalho ou fora dele.

Diante disso, orientamos os trabalhadores  que se novos episódios como esse aconteçam que comuniquem os diretores de bases e liberados ou enviem denúncias através de e-mail secretaria@sindipetrosamtos.com.br, aplicativo ou telefone (clique aqui) e assim serão tomando todas as medidas necessárias para coibir esse tipo de desmando.

A diretoria do Sindicato sabe exatamente o caminho que precisa percorrer para barrar esse tipo de conduta. A luta e a resistência são e sempre serão palavras de ordem da categoria petroleira. Por isso, convocamos a força de trabalho que participem ativamente de setoriais, conversas e mobilizações na porta da unidade e que se mantenham firmes e organizados. O Sindipetro continuará promovendo as setoriais para organizar a nossa luta. As  conversas não trazem prejuízos para o empregador e muito menos  prejudicam a empresa como andaram ventilando por aí. Juntos somos mais fortes!