Mobilização e união são as únicas armas para barrar os golpes da atual gestão do Sistema Petrobrás contra a força de trabalho

Conscientização e avanços

A classe trabalhadora vem sofrendo duros ataques desde que Jair Bolsonaro foi eleito. Haja vista que uma das primeiras determinações do mandatário foi e extinção do Ministério do Trabalho e do Emprego. O órgão administrativo do Governo Federal responsável pela regulamentação e fiscalização de todos os aspectos referentes às relações de trabalho no Brasil.

No Sistema Petrobrás a situação não é diferente. O novo presidente da companhia, o general Joaquim Silva e Luna, que segue à risca a cartilha bolsonarista e está há cem dias no poder, vem encurralando a categoria petroleira que a cada dia sofre com os desmandos e retirada de direitos conquistados, através de muita luta ao longo dos anos, em acordos coletivos.

Hoje além da terceirização irrestrita, liberada pela reforma trabalhista, a força de trabalho vem padecendo de uma série de ataques na Petrobrás. Um bom exemplo disso, são os gestores incompetentes que fazem de tudo para agradar à agenda neoliberal do alto escalão da empresa. A única coisa que não fazem questão nenhuma é pensar na categoria e na legítima Petrobrás para o povo. A conduta deles é sempre pautada no individualismo e em manter o privilégio do cargo “pomposo” que ocupam. Diante disso, é importante destacar a importância da união de trabalhadores e de todos evoluírem na resistência e na luta.

A mobilização é a única ferramenta, pois o poder legítimo do petroleiro e petroleira, além de seu trabalho, está na força de fazer parar a roda da produtividade. Segundo estudo do economista do Ibeps e doutor em Ciência Política, Eric Gil Dantas, pautado em dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2019, do IBGE, a categoria petroleira é a legítima produtora da riqueza e desenvolvimento do país. A extração de petróleo e gás atingiu 15,2% de participação no valor de transformação da indústria, a maior fatia em dez anos. Já em relação à mão de obra empregada, apenas oito das 24 atividades da indústria de transformação no período de 2010 a 2019 tiveram crescimento, e o maior deles foi a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (51,3%). A Petrobrás é diretamente responsável por isto, como a maior empresa do setor e a que investiu para que isto fosse possível, descobrindo o pré-sal e aumentando enormemente a produção de petróleo e gás no país.

Por tudo isso, basta de opressão! Os trabalhadores petroleiros precisam dizer não a capatazia e mostrar total insatisfação diante desse quadro tenebroso desenhado pela gestão bolsonarista da Petrobrás.

Todos sabem que o judiciário tem suas limitações e se faz urgente e necessário o engajamento de todo(as) para avançarmos nessa luta. É importante que todos estejam atentos e envolvidos nas conversas nas portas das refinarias, aeroportos, unidades de tratamento de gás, terminais aquaviários e unidades administrativas. A “máquina de moer” trabalhadores não dá trégua e todos precisam estar preparados!