Ato na Replan
Os sindicatos de petroleiros do estado de São Paulo (Sindipetro-LP, Sindipetro São José dos Campos e Unificado São Paulo) estão unidos contra a terceirização das áreas operacionais das refinarias, terminais e termoelétricas, intensificadas neste ano graças ao plano de privatização do governo Bolsonaro, que avança sem cerimônia sobre empresas estatais públicas.
Nesta quinta-feira (5) os três sindicatos realizaram mobilização na refinaria de Paulínia (Replan), em defesa dos empregos e contra a terceirização. O ato dos petroleiros, que será realizado também em outras unidades de abrangência dos três sindicatos, pretende traçar um caminho de mobilizações envolvendo os trabalhadores petroleiros.
A iniciativa pretende enfrentar a privatização promovida pelo governo Bolsonaro, que segue com a venda de ativos da Petrobrás e de outras estatais, como Eletrobrás e Correios, e que começa com a terceirização de setores chave das unidades, abrindo as portas para empresas privadas, que ainda pretendem capacitar a mão de obra de seus futuros ativos com treinamento passado pelos trabalhadores próprios do Sistema Petrobrás.
O anúncio de venda de oito refinarias, iniciada com a privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM/BA) para o fundo de investimentos dos Emirados Árabes, Mubadala, é a pá de cal de Bolsonaro para tornar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) não mais uma opção do governo no comando da Petrobrás, mas uma imposição de mercado, pois aí sim, ficaremos incapacitado de produzir combustíveis suficientes para abastecer todo o país e sem poder de decidir os rumos da própria economia.
Enquanto temos refinarias e petróleo em abundância para abastecer o país podemos lutar pela Petrobrás do poço ao posto, depois que todas as privatizações forem efetivadas estaremos definitivamente dependentes do preço do mercado.
Está na hora de dar um basta aos ataques à Petrobrás e todas as empresas estatais, com organização, união dos petroleiros com outras categorias e ir para a luta!
