EOR da Petrobrás veta imunização dos trabalhadores das plataformas

Segunda dose

Depois de 1 anos e 5 meses que a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia e com o saldo de mais de 500 mil mortos, a atual gestão da empresa segue acreditando que a doença é uma “gripezinha”. A última investida da Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) da Petrobrás é vetar a liberação dos trabalhadores embarcados no período correto para receberem a segunda dose da vacina. Isso significa que eles estão cerceando o direito de imunização dos trabalhadores.

A recomendação feita por especialistas da área da saúde e pelas empresas farmacêuticas é que os intervalos entre as doses sejam obedecidos. As janelas de tempo de vacinação estabelecidas  foram as que obtiveram a melhor eficácia e segurança durante os estudos científicos feitos no decorrer do desenvolvimento das vacinas. O Ministério da Saúde ainda reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença. Além de aumentar a proteção, a segunda dose ajuda a prolongar a imunização.

O que o EOR da Petrobrás está fazendo é um crime já que coloca a vida dos trabalhadores em risco. Os surtos de Covid-19 nas plataformas é uma realidade e vetar a imunização é saber que o problema, mesmo que negado pela atual gestão da Petrobrás, irá se agravar ainda mais.  

Desde que o país começou a campanha de vacinação contra o coronavírus o EOR da Petrobrás deveria ter organizado um esquema de desembarque ou troca de embarque para que a força de trabalho pudesse seguir o calendário vacinal das cidades onde vivem. É de conhecimento geral que cada região do país segue um esquema e isso deveria ser levado em conta, mas a única coisa que a atual gestão da empresa se importa é com os milhões de reais que enchem os bolsos dos acionistas mesmo que alguns trabalhadores paguem com a vida.