“Gata” que presta serviço nas plataformas “burla” justiça e não paga dias de confinamento

Farra

A farra das empresas terceirizadas que atuam no Sistema Petrobrás não tem limites. A cada dia que passa aparece uma denúncia pior que a outra. A empresa Marenostrum, que presta serviços na P-66, P-67, P-68, P-69 decidiu, mesmo após a determinação da justiça, que não vai pagar o regime de quarentena que vem sendo pago como hora extra. O negócio é burlar as determinações legais e não desembolsar os valores referentes ao cumprimento de quarentena no hotel antes do embarque.

É uma tremenda sacanagem generalizada já que essa conduta mesquinha atinge dezenas de trabalhadores. Eles nunca receberam um centavo sequer de hora extra quando ficavam confinados durante uma semana e nem agora quando ficam dois dias.  O pior de tudo isso é que atual gestão da Petrobrás sabe de toda essa situação e assina literalmente embaixo. A gestão de RH continua fazendo o repasse dos pagamentos e não cobra e nem fiscaliza se os salários estão sendo depositados corretamente.  É um absurdo atrás do outro!

O Sindipetro está atento e cobrará a atual gestão da Petrobrás e da UN-BS e da chefia da “gata”, não só um posicionamento sobre isso, mas também que os trabalhadores dessa contratada não sofram retaliações.

A Diretoria do Sindipetro-LP está atenta ao descaso de empresas desse tipo e está acompanhando de perto os contratos firmados com a Petrobrás e que não estão sendo cumpridos. Infelizmente a conduta dessa “gata” não é isolada.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista tem denunciado sistematicamente a política de contratação da Petrobrás. O Sindipetro é contrário a terceirização dos serviços da empresa e defende a abertura de concursos, mas entende que os trabalhadores das gatas não devem ser responsabilizados pela má gestão da empresa. Para piorar, o Setor de Suprimentos e Serviços (SBS) da Petrobrás, que é responsável pelas licitações e contratações, está localizado no Rio de Janeiro e simplesmente não tem acesso ao que acontece nas unidades de todo o país. Toda vez que uma empresa entra no Sistema Petrobrás e lesa a força de trabalho, quem sente na pele e no bolso não é nenhum desses dos grupos de contratação, mas sim, só o trabalhador “chão de fábrica”.

Nosso entendimento é de que todos esses problemas são única e exclusivamente de responsabilidade dos gestores da Petrobrás que só visam pegar o menor valor nas licitações sem preocupação com o histórico da conduta da empresa contratada. A Administração da Petrobrás prefere o lucro a qualquer custo, do que prezar pela manutenção dos empregos e dignidade dos trabalhadores contratados pelas empreiteiras. Quando a raposa cuida do galinheiro, sem fiscalização e sem controle, entramos em um loop destrutivo como esse que está acontecendo na Marenostrum.