Meritocracia ou peixada?
Banco de André Esteves além de dar conselhos ao governo Bolsonaro, emplaca nome para gerir o dinheiro de ativos, aposentados e pensionistas do sistema Petrobrás
O Conselho Deliberativo de governança da Petros, aprovou o nome de Paulo Werneck para o cargo de diretor de Investimentos da Fundação. Werneck atuou como diretor executivo do BTG Pactual Asset Management, onde trabalhou desde janeiro deste ano.
Segundo o informe da Petros publicado em seu site nesta quinta-feira (18/11), o executivo foi escolhido em processo seletivo no mercado conduzido por consultoria especializada em recrutamento. Para ser empossado na Petros, ele ainda precisa ser habilitado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
Werneck tem mais de 40 anos de experiência no mercado financeiro, com atuação no Unibanco, Citibank e ABN Amro Bank, atuando também como diretor de Investimentos da Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal) entre 2016 e 2020.
Conforme informe o Relatório Anual da Petros – 2020, páginas 70-71, (https://relatorioanual2020.petros.com.br/pdf/petros_ra_2020.pdf#page=69 ) o montante aplicado em investimentos ultrapassa a R$ 96 bilhões, divididos em: Renda Fixa (69,99%); Renda Variável (22,81%); Investimentos Estruturados (2,08%); Investimentos Imobiliários (4,19%); Empréstimos Financiamentos (2,99%) e Acordos de Leniência (0,93%).
BTG Pactual e suas ligações perigosas
Em áudio vazado no último mês de outubro, o dono do BTG Pactual, o banqueiro André Esteves, revela como exerce seu poder de influência no governo Bolsonaro e no Congresso Nacional, apontando como devem ser conduzidas as políticas monetária e econômica do governo.
O ex-secretário de Acompanhamento Econômico do governo Temer e ex-secretário do Tesouro do atual ministro da Economia, Paulo Guedes Mansueto de Almeida é um exemplo prático da influência e da relação perniciosa do governo Bolsoaro com BTG Pactual. Mansueto atualmente é economista-chefe do banco de Esteves, sendo um dos defensores da privatização da Petrobrás com “calma”.
Em julho de 2020, em uma “estranha” transação com o Banco do Brasil comprando uma carteira com R$ 3 bilhões em créditos “perdidos” por apenas R$ 300 milhões. Vale lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes foi um dos fundadores do BTG nos anos 1990.
Fonte: Sindipetro-RJ